O combate ao incêndio que atinge um campinho amador na Vila Taquarussu, em Campo Grande, nesta terça-feira (23), já dura duas horas pelo Corpo de Bombeiros. A preocupação de moradores do bairro é que as chamam atinjam as residências.

Morador que preferiu não se identificar conta que ficou com medo da sua casa também ser atingida. “Aqui nesse terreno era tudo capim. Agora que fizeram a limpeza. Então, eu saí para [jogar] água no meu muro e vi que não estava pegando para o meu lado”, relata ao Jornal Midiamax.

Lucila mora na vila há mais de 40 anos e diz que, por sorte, o muro da casa é alto, mas ainda assim fica com medo. Ela ainda conta que os incêndios ocorrem todo ano na região.

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Casas próximas ao incêndio (Victória Bissaco, Jornal Midiamax)

A dona de casa Jenice também se demonstrou preocupada com o fogo, já que as chamas estão na parte de trás da sua casa. Ela conta que estava se preparando para sair de casa quando uma vizinha alertou sobre o incêndio. “Eu até vi um fumaceiro, mas achei que estivessem colocando fogo em lixo, então a vizinha me alertou, nem estava sabendo”, diz.

Ela explica que conversou com a equipe do Corpo de Bombeiros. “Já pensou, eu chego e minha casa pegou fogo? Mas eles explicaram que não tem perigo. O perigo é do fogo que vem mais do meio da vegetação”, explica.

O Corpo de Bombeiros ressaltou à reportagem que as casas estão fora de perigo. Agora, o incêndio do lado das casas está controlado e os trabalhos se concentram no campinho amador.

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Fogo já consumiu grande área (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Muito lixo

A maioria dos moradores do local, inclusive o presidente do bairro, relataram à reportagem a preocupação com a vegetação alta e grande quantidade de lixo descartado no terreno.

Conforme o presidente da Associação dos Moradores do Cohafama, Hugo Santana, a área é um terreno particular, mas usada pelos moradores como um campo de futebol amador. O presidente protocolou no começo do mês um pedido de limpeza à Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).

“As árvores estão secas e produzem muito material orgânico de fácil combustão”, diz à reportagem, acrescentando que os incêndios são muito comuns. Há muito lixo acumulado no local que acaba fazendo o fogo se propagar rapidamente.

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Fumaça é vista de longe (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Jardineiro de 59 anos e morador de mais de 20 anos da região ressalta que os moradores não colocaram fogo. Ele também teme que o fogo atinja sua residência. “Achei que era um foguinho simples”, diz.

Os moradores suspeitam que andarilhos tenham colocado fogo em cobre ou no lixo e iniciado a queimada. A presença de moradores de rua é constante no campinho. Mesmo com combatentes no local, o fogo está se intensificando com o passar do tempo.

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