Com áreas interditadas e necessitando de reforma, a revitalização do Parque Jacques da Luz não têm previsão para acontecer em . Isso porque a licitação aberta pela Prefeitura de Campo Grande em outubro do ano passado – que previa a total revitalização do complexo esportivo – restou deserta.

Assim, sem interessados, o parque segue na condição atual, padecendo anos sem a devida manutenção em alguns de seus espaços. A última intervenção ocorreu em 2023, em uma parceria com a Energisa, que forneceu iluminação moderna de LED ao espaço. Ainda assim, o potencial de uso segue comprometido.

Não foi por menos, a propósito, a interdição de parte do complexo – o estádio – na última semana. Em 6 de fevereiro, a Prefeitura de Campo Grande anunciou que o espaço ficará interditado por 20 dias, por conta do estado do gramado.

Como o estádio é palco de disputas do Campeonato Estadual de , a situação já havia resultado em uma onda de transferências de partidas, prejudicando, principalmente, as equipes de clubes do Operário e Náutico, mandam jogos no local, e frustrando a (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul).

Piscinas protagonizam reclamações no Jacques da Luz

Localizado nas Moreninhas, o Parque Jacques da Luz é o único complexo esportivo em uma das regiões mais isoladas da cidade, cujo único acesso, até o momento, é pelo prolongamento da Avenida Gury Marques. Segundo a Funesp, programas esportivos oferecem várias atividades àquela população, entre as quais estão ballet, judô, pilates e futebol. Porém, são as aulas de hidroginástica que protagonizam as reclamações.

Jacques da Luz
Piscinas estão sem revestimento, retirado durante reforma não concluída (Foto enviada pelo leitor)

O histórico atribulado de interdições das únicas piscinas públicas da região datam cerca de dez anos, quando a necessidade de manutenção do complexo criado em 1994 tornou-se inevitável. De lá pra cá, houve anúncio de uma série de reformas.

Uma delas, orçada em quase R$ 1 milhão, iniciou em 23 de outubro de 2019, para reformar as quadras cobertas e o complexo aquático do Jacques da Luz, sob o valor total de R$ 961.999,58. Porém, segundo o site +Obras, da Prefeitura de Campo Grande, a empresa Gimenez Engenharia LTDA cumpriu apenas 43% do total esperado, com execução de R$ 411.181,84 em valores. A retomada, anunciada em 2023, não teve interessados.

A reportagem ouviu moradores da região que reclamaram do descaso e lamentam a reforma que não vai acontecer no momento.

“A gente fazia aula aqui cedinho, nas piscinas, mas não tinha, assim, uma reforma. Uma vez quebrou uma bomba e disseram que abriria em breve, mas não abriu. Depois da pandemia começou uma reforma, mas agora está fechado de novo. É um descaso, a gente se sente deixado de lado”, declarou Benites, de 68 anos. “O que restou foi a caminhada, mas quem fazia de noite só pode retomar quando trocaram as lâmpadas”, complementa.

Previsão de novo edital

Por meio de nota, a Funesp reiterou que a licitação não teve interessados, mas afirmou que haverá lançamento de um novo procedimento licitatório. A pasta não informou a data.

“A Prefeitura Municipal irá realizar novo procedimento licitatório. O projeto prevê a adequação das duas piscinas (adultos e infantil), que passarão por reforma completa, com a instalação de filtros, novo piso e bordas, troca de piso dos banheiros e sistema de impermeabilização”.

A Funesp ainda informou que, no projeto, “também consta a troca de uma parte do telhado e gradil do parque. No edital, a Prefeitura destaca que deverão ser usados na reforma materiais de primeira qualidade e de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)”.