Crianças em idade escolar que vivem no Assentamento Estrela, em , cidade a 47 quilômetros de Campo Grande, têm enfrentado um longo caminho para chegar às escolas. Com estradas enlamaçadas e buraco que impedem a passagem dos ônibus escolares, quem decide seguir para a escola precisa percorrer ao menos 1,5 km a pé para chegar ao chamado linhão principal.

Segundo moradores, o problema começou com as chuvas que têm atingido a região desde a última semana. Com o passar dos dias a situação pirou e, na terça-feira (5), o serviço de ônibus foi interrompido em alguns travessões (forma como são chamadas as estradas que dão acesso ao assentamento).

Conforme informações apuradas pelo Jornal Midiamax, os ônibus escolares oferecidos pela Prefeitura de Jaraguari têm capacidade para transportar 44 passageiros. Atualmente, 3 veículos são destinados aos alunos da região, além de duas vans que também oferecem o transporte. Estima-se que ao menos 160 crianças dependam desse serviço e que a metade delas tenha que seguir longa distância até o linhão principal, desde que os ônibus deixaram de passar por alguns travessões.

“Várias de nossas crianças estão precisando andar por 1,5 km a pé para pegar o ônibus no linhão principal. Está muito difícil o acesso, além de perigoso. Nos primeiros dias, o motorista ainda estava arriscando passar, mas ontem ele informou que não dá mais para seguir”, relata uma moradora.

Outra assentada, que preferiu não se identificar, explica que além da dificuldade de acesso dos ônibus, outros veículos também têm enfrentado problemas para seguir pelos travessões devido à lama e aos buracos nas estradas.

“Recebemos muitas entregas aqui, desde material de construção civil a alimentos. Temos motoristas de aplicativo que ficaram com o carro atolado ao tentar fazer entrega. Está complicado para todos nós e parece que não adianta reclamar”, lamenta.

Procurado pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax, o prefeito Edson Rodrigues Nogueira afirmou que não foi informado sobre o problema e se comprometeu a verificar a situação com os moradores.

“Não chegou nenhuma reclamação até nós. Vou procurar saber. Talvez algumas crianças andem uns 500 metros, mas só isso, até onde sei. Acho que Jaraguari é a cidade que busca os alunos mais próximos das casas. Vamos procurar saber o que aconteceu para tomarmos providências”, garantiu.

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