Com alerta máximo para fogo em canaviais, setor em MS adota estratégias de prevenção

O setor conta com mais de 1.500 brigadistas e mais 150 caminhões-pipas na prevenção dos incêndios

Priscilla Peres – 30/08/2024 – 12:28

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(Foto: Divulgação/Biosul)

Os incêndios se espalham por canaviais do interior de São Paulo e já deixam prejuízo estimado em R$ 500 milhões, conforme associação de produtores de cana-de-açúcar. Em Mato Grosso do Sul, o setor está em alerta e tem adotado estratégias para prevenir focos de queimadas.

Áreas de canaviais também foram atingidas nos últimos dias no Estado, o que aumentou a preocupação, segundo o diretor-técnico da Biosul, Érico Paredes, o setor de bioenergia está em alerta máximo. Apesar das condições climáticas aumentarem os riscos de incêndios, a entidade reforça junto à população a importância de denunciar ações criminosas e situações de riscos com fogo.

“Fogo nos canaviais é prejuízo para as usinas, compromete a operação, interrompe a colheita da cana, traz impactos ao meio ambiente e à saúde da população que vive próxima ao local”, explicou. Nas últimas semanas, a Biosul se reuniu com entidades para a integração de ações e atendimento aos chamados em áreas de cana, outras culturas e áreas urbanas no interior do Estado.

Prevenção é o foco das usinas

Com o fim do uso do fogo na colheita da cana, extinto há anos em Mato Grosso do Sul, as usinas investem continuamente em suas próprias brigadas de prevenção e combate a incêndios.

Atualmente, o setor conta com mais de 1.500 brigadistas, mais 150 caminhões-pipas, tanques reservatórios, motoniveladoras, reboques e motobombas, além do uso de tecnologias para monitoramento em tempo real dos focos de calor nos canaviais e aeronaves para situações mais críticas.

No dia a dia, a rotina de trabalho nas usinas é composta por protocolos de segurança no campo e na indústria, como limpeza diária das máquinas, manutenção de aceiros e carreadores limpos e desobstruídos, rotas de fugas definidas e, em períodos críticos, monitoramento diário e paralisação do serviço no campo. Além disso, é feita campanha de conscientização em rádios dos municípios próximos e nas comunidades locais.

Ação integrada do PAME

Além da total atenção às áreas de cana, as brigadas das usinas também atuam no entorno, atendendo produtores vizinhos e os municípios. Esse atendimento acontece de forma integrada com a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e outras indústrias que atuam na região. Um dos exemplos de integração é feito pelo PAME (Plano de Auxílio Mútuo Emergencial).

De acordo com José Hermanne, coordenador de apoio técnico do PAME Vale do Vacaria, além do atendimento em ocorrências fora das usinas, o grupo atua fortemente na conscientização da população com ações nas escolas locais e comunidade como um todo. “Compartilhamos as boas práticas entre as empresas, realizamos simulação de atendimento e combate a incêndios em conjunto e fazemos o envio de mensagem de alertas e conscientização via whatsapp entre os integrantes do PAME”, explicou o coordenador que compartilhou a experiência durante a reunião.

O Vale do Vacaria tem agenda mensal e é formado por 13 empresas localizadas em Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante e região.

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