Com 3,3 mil moradores, Homex é a maior favela de Campo Grande e aguarda regularização

A comunidade é a maior de Campo Grande, conforme dados do Censo 2022

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Moradores transitam pela comunidade Homex. (Ana Laura Menegat, Midiamax)

Há mais de 10 anos, famílias construíram barracos e começaram a viver em área no Jardim Centro-Oeste, em Campo Grande, onde a construtora Homex abandonou obra de condomínio. Assim surgiu a favela da Homex, que atualmente abriga mais de 3,3 mil pessoas.

A comunidade é a maior de Campo Grande e, segundo dados do Censo 2022, abrigava 3.317 há dois anos. A Homex é só uma das 16 favelas da Capital, que abrigam 1,8 mil moradores. Em todo o Mato Grosso do Sul eram 16.678 pessoas morando em 31 favelas em 2022.

Os dados do IBGE mostram que o número de favelas em MS é o segundo menor do país. Comparado ao censo de 2010, quando havia oito favelas e comunidades urbanas no Estado, houve aumento porcentual de 287,5% em 2022.

Considerando as Grandes Concentrações Urbanas (com população total de 750 mil ou mais habitantes), Campo Grande se destaca como a menor população total e menor percentual de pessoas residentes em favelas e comunidades urbanas, sendo 0,9% da população.

Regularização da favela da Homex

Em março de 2023, a prefeitura de Campo Grande sancionou o Projeto de Lei nº 10.885/2023 que regulariza a área fundiária da Homex, localizada na região do Jardim Centro-Oeste. Para isso, a prefeitura se comprometeu a repassar à Massa Falida da Homex Brasil uma área de 65,4 mil m², no Riviera Park, e assumirá os 28 lotes que compõem a ocupação.

Conforme a prefeitura, por lá moravam 1.500 famílias, que vão receber lotes para morar, ao custo de R$ 20 mil e pagamento em até 300 meses. Na época, a expectativa era de finalizar os trabalhos até a metade de 2024, o que não aconteceu.

De acordo com a prefeitura, desde junho de 2023, a comunidade conta com ligações regulares de energia elétrica e, desde junho de 2024, com abastecimento de água tratada.

Neste ano, a Prefeitura Municipal de Campo Grande iniciou a entrega de contratos de regularização fundiária para essa ocupação. Em outubro, a Emha realizou a terceira etapa da entrega de contratos para as famílias da comunidade Homex totalizando 250 contratos entregues. Nos próximos meses as entregas continuam. 

Homens pardos e de baixa escolaridade moram em favela

No Censo 2022, o IBGE traçou um perfil de moradores de favelas e relevou que no Mato Grosso do Sul, homens pardos, jovens e de baixa escolaridade são maioria nas comunidades.

Os homens representam 50,17% dos moradores de favela e a população parda, 61% das pessoas que vivem em comunidades em Mato Grosso do Sul. Considerando taxa de analfabetismo de 5,4% em MS, a vida de quem mora em comunidades revela a falta de acesso à educação, visto taxa de 31,2% de analfabetismo em moradores de favelas idosos.

Mato Grosso do tinha 539 pessoas indígenas residentes em favelas e comunidades urbanas do estado, 52,5%, ou 283 pessoas, eram do sexo feminino, e 47,5%, ou 256 pessoas, eram do sexo masculino. Destes, 49 tinham mais de 60 anos, 111 tinham entre 40 a 59 anos, 183 tinham entre 20 a 39 anos, e 196 tinham entre 0 a 19 anos.

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