As chuvas desta sexta-feira (9) trouxeram alívio ao tempo seco em Campo Grande, mas também revisitaram um velho problema da região do Jardim Noroeste. Sem asfalto, crateras foram abertas impossibilitando o trânsito de pessoas e veículos.

Nesta tarde, a reportagem do Jornal Midiamax flagrou um veículo que caiu dentro da cratera e ficou atolado. Ele era conduzido pela técnica de enfermagem e motorista de aplicativo, Vanessa Ferreira, de 36 anos.

Segundo a motorista, ela seguia pela rua quando esta começou a se abrir. O veículo, alugado, ficou atolado. Ela acionou o seguro, que respondeu que não haveria como enviar um guincho. Moradores da região tentaram, sem sucesso, ajudar a retirar o carro.

“Eu estava passando aqui pela lateral e do nada caí. E aí o carro não saia por nada. Estava barro, mas não achei que isso fosse acontecer. Não estava a cratera, ela foi se abrindo, assustador”, disse Vanessa.

A área está localizada ao lado da Penitenciária de Segurança Máxima. Segundo moradores da região, a cratera começou a se abrir ainda ontem, com o início das chuvas, mas piorou nesta sexta-feira.

“A gente fica muito triste. Muitos anos esperando um asfalto e aí prometeram e começaram ali na outra quadra. Eles mexeram aqui já, preparando para o asfalto, mas agora com isso nem sei”, disse Marines da Silva, moradora da região, de 42 anos.

Também para Anna Aparecida da Silva Daros, de 33 anos, a situação é desgastante. Ela teria uma consulta médica agenda para os filhos hoje, mas não pode comparecer.

“Não dá nem para chamar um motorista de aplicativo, porque ninguém nem vem aqui. Isso é uma vergonha. Agora é sexta, ninguém sabe se a Prefeitura vem amanhã”, reclamou a moradora.

Na Rua da Conquista, dois caminhões estavam atolados (Foto: Alicce Rodrigues, Midiamax)

Cratera tem quase 20 metros

A cratera possui cerca de 20 metros de extensão. Em alguns pontos, chega a ter um metro de largura. Na Rua da Conquista, perpendicular à Urupês, dois caminhões estão também atolados, com um trator na tentativa de tirá-los da situação.

Questionada sobre previsão de manutenção da área e possibilidade de guinchar os veículos atolados, a Prefeitura de Campo Grande mão se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para posicionamentos.