Há uma semana, um incêndio de grandes proporções atingia a vegetação de propriedades rurais nas proximidades dos municípios de Camapuã e São Gabriel do Oeste, região da Cachoeirinha. Uma semana depois, a devastação deu uma trégua após a chegada de uma nova frente fria ao estado, na última sexta-feira (23).
Durante a semana, o Jornal Midiamax acompanhou os desdobramentos dos incêndios florestais na região. Na quarta-feira (21), a reportagem entrou em contato com o prefeito de Camapuã, Manoel Nery, que contou que há muitas furnas na região em que o fogo começou, por isso, combater os incêndios era uma tarefa desafiadora.
Com a queda de temperaturas, uma semana depois, o cenário é outro. Em nova entrevista, Nery explicou que na sexta (23) o fogo já estava controlado na região da Cachoeirinha, onde as chamas começaram e por isso, foi possível redirecionar todas as equipes e maquinários para outra região que era consumida pelo fogo.
Segundo Manoel Nery, cerca de 30 pessoas da prefeitura trabalharam efetivamente nos combates dos incêndios, além de voluntários, proprietários rurais e Corpo de Bombeiros.
“Os maquinários ficaram nas regiões afetadas, porque se a situação piorasse, estaríamos lá para controlar. Hoje, nesse momento, não temos nenhum foco de incêndio em Camapuã. Como está mais fresco e não está ventando, acredito que essa semana será mais tranquila”, explica.
Recurso em operação
Conforme o gestor de Camapuã, o maior gasto na ação de combate, além do custo com equipe, foi com combustível, devido aos maquinários e também carros que levavam e traziam os profissionais atuantes.
“A gente estipula aí uns R$ 40 mil, R$ 50 mil de combustível, além do custo do pessoal, que todos esses dias iam e voltavam, e ficaram a semana toda focados nisso”, conta. Mais de 10 mil hectares foram afetados.
Fumaça tomou conta de Camapuã
Na sexta-feira (23), a área urbana do município de Camapuã amanheceu tomada pela fumaça decorrente do incêndio florestal que atingia a área rural da cidade. Conforme imagens compartilhadas por leitor do Midiamax, a população estava preocupada com a proporção do incêndio. “Estamos no meio da fumaça”, disse moradora.
Com o fogo avançando rapidamente, os proprietários rurais se uniam na tentativa de combater as chamas, com construção de aceiros.
À reportagem, uma moradora que tem uma prima na região contou que o sentimento de quem vive no local era medo. Com os ventos, o fogo lançava faíscas que ultrapassavam os limites de aceiros, atingindo novos pontos de vegetação seca.
“É assustador. Muita gente perdeu a fazenda, os animais, tudo. Até às 23h de ontem eles tentavam controlar o fogo, mas eles combatem de um lado, queima do outro”, lamenta.
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