Um caminhão ficou preso em um buraco na ponte da Estrada Agostinho Cação, próximo à Cachoeira do Inferninho, em Campo Grande, na segunda-feira (3). Moradores e produtores rurais da região reclamam das condições da madeira e do risco de passagem.

Um produtor, que preferiu não se identificar, disse que a ponte é o principal trecho da área rural. Há uma pedreira na região, e os veículos estariam passando com peso acima do permitido, pois a ponte suporta até 10 toneladas, e os veículos teriam mais de 50 toneladas.

“Agora, a ponte já está toda estragada; uma hora vai acontecer o pior. O caminhão de boi ficou preso, e teve que chamar um trator para retirá-lo. Nós pagamos a manutenção ao Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul), justamente para a manutenção de pontes em estradas vicinais. Toda vez que vendemos um gado, pela idade do gado, desconta por cabeça na nota fiscal”.

A assessoria da Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de MS) informou que a responsabilidade da manutenção desta ponte é da prefeitura. A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) afirmou que esteve no local vistoriando a ponte, e a empresa contratada para executar as reformas das pontes de madeira já está providenciando o material a ser utilizado. Os trabalhos devem iniciar na próxima semana.

Reclamação de moradores

Não é a primeira vez que moradores da região reclamam dos danos na estrada. Em maio deste ano, vizinhos protestaram contra o ‘poeirão’ formado pela movimentação de veículos pesados no trecho. Eles chegaram a bloquear a estrada.

A filha de um dos moradores, que preferiu não se identificar, disse que os veículos que passam na estrada acabam movimentando o solo e levantando poeira, o que prejudica a respiração.