Baixa adesão de adultos às vacinas de rotina pode reviver doenças já erradicadas no Brasil

Em meio a baixa cobertura vacinal, movimentos antivacinas ganham força e aumentam o risco de reintrodução de doenças

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Baixa adesão às vacinas
Baixa adesão às vacinas acende alerta para novas doenças (Madu Livramento, Midiamax)

A vacinação é mundialmente reconhecida como uma das estratégias mais eficazes para preservar a saúde da população e erradicar doenças. Contudo, nos últimos anos, o Brasil, país que um dia foi referência mundial em cobertura vacinal, tem registrado índices cada vez menores de vacinação. Enquanto isso, movimentos antivacinas ganham força, gerando o risco de reintrodução de doenças já erradicadas.

Embora as campanhas se concentrem na imunização infantil, público mais vulnerável a doenças, é crucial lembrar que adultos também precisam manter seu calendário vacinal atualizado, especialmente aqueles que não completaram o esquema vacinal na infância, que é diferente das vacinas sazonais como Covid-19 e Influenza.

O que está por trás da queda na cobertura vacinal?

Vacinação Covid-19
Vacinação Covid-19 (Arquivo Midiamax)

Vacinação é um pacto social de saúde coletiva. Manter-se vacinado não só protege a saúde individual, mas também contribui para a imunidade coletiva, reduzindo a disseminação de doenças. O Brasil foi pioneiro na incorporação das vacinas no SUS (Sistema Unico de Saúde), sendo um dos poucos países a oferecer de maneira universal um rol extenso de imunizantes.

No entanto, a alta taxa de cobertura, que sempre foi sua principal característica, vem caindo nos últimos anos. Em paralelo, a partir de 2020, com a pandemia de Covid-19, os movimentos antivacinas se intensificaram no país.

Em 2023, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, declarou que a desconfiança de parte da população em relação à imunização, fomentada por campanhas de desinformação e movimentos antivacinas, são um dos maiores desafios do setor de saúde e têm aumentado desde 2016.

“Esse cenário foi agravado no último governo, já claramente com o fenômeno do negacionismo científico. É importante destacar que esse é um fenômeno que permanece”, disse Nísia, em seminário sobre vacinação na Academia Nacional de Medicina.

Além disso, 1 a cada 5 brasileiros afirma ter sentido medo de se vacinar ou desistiu de tomar a vacina após ler uma notícia negativa. Conforme revela o ‘Estudo sobre Consciência Vacinal no Brasil’, realizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público em conjunto com a Unisa (Universidade Santo Amaro).

Mesmo com a eficácia comprovada, o negacionismo em torno das vacinas ainda persistem em 2024. Em todo Mato Grosso do Sul, mais de 300 mil pessoas não tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid. Para reverter esse cenário e combater a desinformação, o Governo Federal criou, em outubro do ano passado, uma plataforma de esclarecimento à população chamada Saúde com Ciência.

Brasil registrou a pior cobertura vacinal em três décadas

Vacinação
Produção da vacina Influenza (Divulgação, Instituto Butantan)

Em 2021, a vacinação infantil no país atingiu seu pior nível em três décadas, com as taxas de cobertura retornando aos níveis de 1987. Isso aumenta o risco de retorno de doenças como a Poliomielite, que podem voltar a fazer vítimas, incluindo adultos não imunizados.

Vale lembrar que, no ano passado, um bebê indígena na cidade de Loreto, no Peru, foi diagnosticado com Poliomielite. O caso gerou grande preocupação entre as autoridades de saúde brasileiras devido à proximidade da fronteira do país com os estados do Amazonas e Acre. O último caso de poliomielite registrado no Brasil ocorreu há 34 anos.

Três anos antes, em 2018, o vírus causador do Sarampo voltou a circular no Brasil, provocando surtos e quase 10 mil infecções, conforme dados da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Em 2019, após um ano da circulação do vírus, o Brasil perdeu a certificação de país livre do Sarampo.

Conforme o DataSUS, na época, a cobertura com as duas doses da Tríplice Viral, que protege contra o Sarampo, estava pelo quarto ano consecutivo abaixo de 80% – distante dos 95% preconizados pelo Ministério da Saúde.

Campanhas vacinais ficaram mais ‘brandas’ com o passar do tempo?

Vacinação
Veículo em dia de vacinação na década de 70, dentro do Plano Nacional de Controle da Poliomielite (Divulgação, Instituto Butantan)

Com o passar dos anos, as propagandas institucionais voltadas para vacinação passaram a ter um tom menos incisivo e mais informativo, reforçando datas e público-alvo, com ênfase no público infantil, o que, por sua vez, pode ter influenciado na queda da adesão às vacinas pelos adultos.

Em 1977, por exemplo, foi veiculada em rede nacional a primeira propaganda após a obrigatoriedade da vacina. De forma lúdica, o vídeo narrava o diálogo entre um médico e um pai negacionista, que, após uma explicação detalhada de como a vacina funciona, mudava de ideia quanto à eficácia das vacinas.

Ao final, uma mensagem incisiva destacava que as consequências para quem não se vacinasse iam além dos impactos na saúde:

“Atenção, a partir de 1º de julho a vacina é obrigatória no Brasil. Se seu filho não for vacinado até completar um ano, perderá o direito ao salário-família até que seja vacinado e o atestado instituído por lei seja apresentado.”

Com o passar dos anos e com a erradicação de diversas doenças, as campanhas de vacinação se concentraram na prevenção da poliomielite, tendo o famoso ‘Zé Gotinha’ como porta-voz da campanha destinada ao público infantil.

Após a pandemia de Covid-19, de forma menos lúdica, as propagandas voltaram a ser mais incisivas. Em tom de retrospectiva, um vídeo criado pela Academia Brasileira de Ciências no ano passado, faz um resgate histórico desde a criação das vacinas há 200 anos, com ênfase na importância da ciência e no combate ao negacionismo.

“Não dê ouvidos a quem não entende a ciência ou tem memória curta. A vacinação em massa vai vencer a pandemia”, diz um trecho do vídeo.

Baixa adesão afeta principalmente crianças

A vacinação infantil é obrigatória no Brasil, conforme o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a OMS recomenda cobertura vacinal de pelo menos 95% da população infantil. No entanto, nos últimos cinco anos, o número de crianças imunizadas vem caindo cada vez mais, preocupando autoridades e especialistas.

Em 2023, dados do sistema Mais Saúde da SES (Secretaria de Estado de Saúde) confirmaram que a maioria das vacinas estavam com uma cobertura abaixo do estimado, com percentuais entre 58% e 63% do público imunizado.

Vacinação
Vacinação infantil (Henrique Arakaki, Midiamax)

O maior percentual de bebês imunizados era referente à vacina BCG, com 65% do público-alvo atingido, o que corresponde a 8.343 vacinados. Já o número de crianças com a dose em atraso chegou a 4.397.

A vacina meningococo C protege contra a doença meningocócica, um tipo de meningite causada pelo sorogrupo C. Em Campo Grande, o número de crianças imunizadas foi de 7.791, ou seja, 61%. Enquanto isso, 4.949 bebês seguem com a dose em atraso.

Já a cobertura vacinal da Tríplice Viral em crianças até um ano chegou a 63%, cerca de 7.978 vacinados. Ou seja: 4.762 crianças estavam com a dose em atraso.

Quais vacinas preciso tomar após os 18?

Vacinação na UBS Caiçara (Ana Laura Menegat, Midiamax)

Conforme o Ministério da Saúde, a vacinação em adultos previne o ressurgimento de doenças erradicadas ou controladas, como sarampo e difteria, e protege contra infecções graves como a gripe e a pneumonia. Mas quais vacinas e quando devo tomar?

  • DT – Difteria e Tétano (3 doses, conforme histórico vacinal e reforço a cada 10 anos)
  • DTPA – Difteria, Tétano, Pertussis (uma dose, reforço a cada 10 ou 5 anos)
  • Febre Amarela (Dose única caso não tenha recebido nenhuma dose até os 5 anos)
  • Tríplice viral – Sarampo, Caxumba e Rubéola (Duas doses, verificar histórico)
  • Hepatite B – (3 doses, de acordo com histórico vacinal, idosos 60+ e gestantes)
  • HPV – Papilomavírus humano (pessoas de 9 a 14 anos e vítimas de abuso sexual)

Ananda Luz, gerente técnica do serviço de imunização da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), explica que, embora as vacinas estejam disponíveis, a definição de quem deve ou não as tomar depende do histórico vacinal.

Conforme a especialista, pessoas que tomaram vacinas antes de 2019, precisam verificar a carteira de vacinação ou ir até um posto de saúde para avaliar quais doses estão em falta. Já quem recebeu os imunizantes após 2023 pode consultar o esquema vacinal diretamente no aplicativo ‘Meu SUS Digital’.

“De 1990 até 2019, as vacinas aplicadas em Campo Grande estão registradas em um sistema municipal, disponível nas Unidades de Saúde. Após 2019, as informações migraram para um novo sistema que também é acessado somente nas Unidades de Saúde”.

DT

Fabricada com produtos de bactérias (toxinas), a aplicação da DT ocorre por injeção via intramuscular na parte superior do braço – músculo deltoide – ou no vasto lateral da coxa. Pessoas não vacinadas devem tomar três doses, com intervalo de dois meses entre as doses (zero, dois, quatro meses). Em 2024, Mato Grosso do Sul aplicou 77.042 vacinas contra Difteria e Tétano.

“A Difteria e Tétano, conhecida como ‘Dupla Adulto’ precisa de reforço a cada dez anos, mas também precisamos olhar o histórico dessa pessoa, se tomou há menos de dez anos não fazemos o reforço com a DT”, explica Ananda Luz.

Quando preciso tomar?

A vacina DT é recomendada aos adultos, de qualquer idade, que nunca tomaram a vacina. Quem recebeu uma dose de dupla adulto aos dez ou onze anos precisa receber apenas um reforço a cada dez anos.

Quem tomou a última dose há mais de dez anos precisa tomar uma dose de reforço e não esquecer que, para fazer efeito por toda a vida, são necessárias doses de reforço da vacina a cada dez anos.

Mulheres entre doze e quarenta e nove anos, precisam tomar a DT independentemente de estarem grávidas ou não. No caso das gestantes, a menos duas doses da vacina durante a gravidez, sendo que a segunda dose deve ser recebida pelo menos 30 dias antes do parto, para proteger o bebê contra o tétano neonatal (mal dos sete dias). Todas as gestantes devem tomar a última dose (3°) após o parto, na primeira visita ao posto de saúde.

Proteção contra o tétano e a difteria

A difteria ocorre pela contaminação por um bacilo, produtor de uma toxina difteria (substância tóxica) que atinge as amídalas, a faringe, o nariz e a pele, onde provoca placas branco-acinzentadas. Sua transmissão se dá por meio de tosse ou espirro, de uma pessoa contaminada para outra.

Já o tétano é uma infecção causada por uma toxina (substância tóxica) produzida pelo bacilo tetânico, que entra no organismo por meio de ferimentos ou lesões na pele (tétano acidental) ou pelo coto do cordão umbilical (tétano neonatal ou mal dos sete dias) e atinge o sistema nervoso central. Caracteriza-se por contrações e espasmos, dificuldade em engolir e rigidez no pescoço.

DTPa

Diferente da DT, a DTPa (Difteria, Tétano, Pertussis acelular) protege também contra a Coqueluche. O calendário vacinal prevê aplicação de uma dose, com reforço a cada 10 anos ou 5 anos em caso de ferimentos graves.

No ano passado, Mato Grosso do Sul confirmou três casos de Coqueluche após surto da doença na Bolívia, país que faz fronteira com o Estado. Na época, apenas 57,88% do público vulnerável à coqueluche havia se vacinado, nível abaixo do recomendável pelo Ministério da Saúde.

Ananda Luz ressalta que a aplicação da DTPa também deve ser ministrada em gestantes a partir das 20 semanas de gestação. Além disso, os imunizantes estão recomendados para profissionais da saúde, parteiras e estagiários da área da saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal.

Febre Amarela

Constituída de vírus vivos atenuados, a vacina de Febre Amarela também aplica-se por injeção subcutânea (sob a pele) na parte superior do braço – músculo deltoide. Uma dose, com reforço a cada dez anos. Entre 2017 e 2019, o Brasil viveu uma epidemia de Febre Amarela. No Rio de Janeiro, por exemplo, após quase 80 anos sem registros da doença, 289 pessoas foram infectadas e outras 93 morreram.

Em Mato Grosso do Sul, os casos confirmados mais recentes ocorreram em 2015 e 2010, neste ano o Estado aplicou 54.761 doses da vacina. “A Febre Amarela precisa de uma dose acima de um ano, tem pessoas que têm a dose feita, mas tinham menos de um ano quando teve a aplicação, por isso, precisa reforçar”, afirma a gerente técnica da Sesau.

A vacina é recomendada aos adultos que vivem em regiões endêmicas (onde há casos da doença em humanos) e regiões onde há circulação do vírus entre animais. Além disso, pessoas que pretendem viajar para locais onde a Febre Amarela é endêmica também precisam se imunizar.

Quando preciso tomar?

A qualquer momento. A vacina protege o organismo por apenas dez anos. Portanto, é necessário tomar uma nova dose da vacina a cada dez anos. Pessoas que vão viajar para áreas endêmicas devem tomar a vacina dez dias antes da viagem.

Uma doença infecciosa, a febre amarela é causada por um vírus transmitido por vários tipos de mosquito. O Aedes aegypti pode transmitir a febre amarela, causando a febre amarela urbana, o que, desde 1942, não ocorre no Brasil.

A forma da doença que ocorre no Brasil é a febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, em regiões fora das cidades. É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina, calafrios, dor de cabeça, náuseas, sangramento no fígado, cérebro e rins, podendo, causar a morte.

Tríplice viral – Sarampo, Caxumba e Rubéola

A vacina tríplice viral protege contra três infecções causadas por vírus: Sarampo, Caxumba e Rubéola, disponível para crianças a partir de 12 meses de vida, aplicado por injeção subcutânea na parte superior do braço, especificamente no músculo deltoide. Adultos não vacinados podem receber o imunizante a qualquer momento, sendo necessária apenas uma dose para garantir proteção ao longo da vida.

Conforme o Ministério da Saúde, recomenda-se a vacina para adultos até os 39 anos, pois após essa idade o risco de contrair sarampo reduz significativamente. Além disso, profissionais de saúde, turismo e aqueles que planejam viajar para outro país também precisam estar vacinados, uma vez que o Sarampo ainda causa epidemias pelo mundo.

O Sarampo é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus, que provoca febre alta, tosse, coriza e manchas avermelhadas pelo corpo. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa por meio da tosse, espirro ou fala, especialmente em ambientes fechados. O Sarampo pode facilitar o surgimento de doenças respiratórias como a pneumonia e diarreias, podendo levar à morte, especialmente em crianças pequenas.

A Caxumba caracteriza-se pela febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas responsáveis pela produção de saliva. A doença pode causar inflamação dos ovários e testículos e meningite viral. Sua transmissão se dá por meio da tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas.

Já a Rubéola, também muito contagiosa, se contrai pelo vírus da Rubéola, que afeta principalmente crianças. Os sintomas incluem febre e manchas vermelhas na pele, que começam no rosto, couro cabeludo e pescoço, e se espalham pelo tronco, braços e pernas. A transmissão ocorre pelo contato direto com pessoas contaminadas.

Em 2024, Mato Grosso do Sul aplicou 54.385 doses da vacina contra o Sarampo e Rubéola, de acordo com o painel de monitoramento do Minstério da Saúde.

Hepatite B

Existem dois tipos de vacina contra Hepatite B destinada a crianças com menos de um ano. A primeira deve ser aplicada nos primeiros 30 dias de vida dos bebês, por injeção via intramuscular no vasto lateral da coxa (em crianças com menos de dois anos) ou na parte superior do braço – músculo deltoide (em crianças com mais de dois anos).

O esquema vacinal se constitui de três doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose; e 180 dias da primeira para a terceira dose, sendo aplicada, portanto, aos 2, 4 e 6 meses de vida. Além disso, Ananda Luz destaca que gestantes não imunzadas também precisam se vacinar contra Hepatite.

“A vacinação contra a Hepatite também depende do histórico. Uma gestante, por exemplo, observamos se ela tem o esquema completo, com as três doses, se ela tiver não faremos novas doses. Além disso, gestantes são grupo prioritário para Covid e Influenza”.

Contudo, a especialista ressalta que gestantes não podem tomar vacinas de Febre Amarela e Tríplice Viral. Já a DTPA deve ser aplicada em todas as gestações porque proteje a mãe e o bebê por meio da imunidade passiva, que é a transferencia de anticorpos da mãe para o bebê.

A vacina protege contra infecção do fígado causada pelo vírus da Hepatite B, além disso, quando aplicada nas primeiras 12-24 horas após o nascimento ela é eficaz na prevenção da hepatite crônica. A Hepatite B é grave porque pode levar a uma infecção crônica (permanente) do fígado e, na idade adulta, levar ao câncer de fígado.

HPV

A vacina contra o vírus HPV (Papilomavírus Humano) protege contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus, a dose recombinante deve ser administrada por suspensão injetável. Desde fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde adotou a estratégia de vacinação em dose única, substituindo o antigo modelo em duas aplicações.

A gerente técnica explica que, diferente das demais vacinas, o imunizante contra a HPV, destina-se a um público mais restrito.

“Há casos em que tem a indicação do médico, mas nem sempre se enquadra no que o Ministério da Saúde diz, então são pacientes imunocomprometidos, com algum tipo de câncer, tratamento oncológico, HIV. Esses são pacientes com direito à vacinação da HPV, mas é avaliado caso a caso”, explica Ananda Luz.

O público-alvo abrange meninas e meninos de 9 a 14 anos, visando protegê-los antes da exposição ao vírus. O grupo prioritário também inclui pessoas com imunocomprometimento, vítimas de violência sexual e outras condições específicas, conforme disposição do PNI (Programa Nacional de Imunizações), podendo receber a vacina até os 45 anos.

Gripe

Além das vacinas de rotina, pessoas de todas as idades também devem se imunizar contra Influenza (gripe) e Covid-19

No início de maio, Mato Groso do Sul liberou a vacina contra a gripe para toda a população com mais de seis meses. Em Campo Grande, a vacina está disponível em todas as 74 unidades de saúde localizadas nas sete regiões da Capital.

Conforme a Sesau, neste ano, a vacina disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) é eficaz contra três tipos de cepas de vírus em combinação: a. A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09; b. A/Thailand/8/2022 (H3N2); c. B/Austria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria), de acordo com a Instrução Normativa (IN) no 261, de 25 de outubro de 2023, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Covid-19

Já a vacinação contra a covid-19 continua disponível para todos os públicos em Campo Grande. A dose da vacina bivalente também está liberada para toda a população com mais de 18 anos que tenha completado o esquema vacinal e recebido a última dose há pelo menos quatro meses.

A bivalente também pode ser aplicada em pessoas com comorbidades a partir de 12 anos, grávidas e puérperas que deram à luz há até 45 dias, trabalhadores da saúde, população com 60 anos ou mais, indígenas aldeados e quilombolas a partir dos 12 anos.

As doses de reforço estão disponíveis para quem completou o esquema primário e tem pelo menos 12 anos de idade. Pessoas com 18 anos ou mais que completaram o mesmo período após receber o primeiro reforço já estão aptas para o segundo.

Crianças a partir de seis meses podem iniciar o esquema vacinal. Aquelas que iniciaram o esquema com a Pfizer baby devem receber a segunda dose após um intervalo de quatro semanas e a terceira após oito semanas da dose anterior.

Programa Nacional de Imunizações

Criado em 1973, o Programa Nacional de Imunizações desempenha um papel fundamental na promoção da saúde da população brasileira. Por meio dele, o governo federal disponibiliza gratuitamente 48 imunobiológicos, sendo: 31 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas.

Essas vacinas incluem tanto as presentes no Calendário Nacional de Vacinação quanto as indicadas para grupos com condições clínicas especiais, como pessoas com HIV ou indivíduos em tratamento de doenças como câncer e insuficiência renal, aplicadas nos CRIE (Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais). Além disso, inclui também as vacinas contra a Covid-19 e outras administradas em situações específicas.

Por meio do PNI, o Ministério da Saúde atua em conjunto com estados e municípios para coordenar campanhas anuais de vacinação, com o objetivo de ampliar as coberturas vacinais, garantindo a proteção individual e coletiva contra diversas doenças.

Para encontrar a unidade de saúde mais perto da sua casa basta acessar o site: https://campograndems.labinovaapsfiocruz.com.br/osa/.

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