Servidores do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) devem discutir a proposta da Ebserh decidida nesta segunda-feira (6) em reunião no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília.

De acordo com o presidente do Sindserh-MS, Wesley Cassio, a reunião para definir os rumos da greve acontece nesta terça-feira (7), às 9h e às 14h. A categoria tem até às 17h para comunicar a decisão ao ministro do TST, Aloysio Corrêa da Veiga.

Caso a categoria aceite a proposta da empresa, a greve acaba. Caso recusem, a greve que tem adesão de 80% dos trabalhadores continua. “Acredito que até este horário [17 horas] todos os estados já definiram, exceto no Rio Grande do Sul, que lá não vão entrar por conta da emergência”, diz Wesley ao Jornal Midiamax.

A proposta é a seguinte:

  • 80% do INPC (3,09%) sobre os salários e benefícios, exceto a alimentação.
  • 20,58% de reajuste no alimentação, saindo de R$ 660,09 para R$ 796.
  • 100% do INPC para o próximo período sobre salários e benefícios.
  • Manutenção dos 38 itens sociais já aceitos.
  • Instituição em ACT de GT paritário para criar um plano de recomposição salarial.

80% dos trabalhadores aderiram à greve no HU

Os trabalhadores do setor de saúde do HU reivindica reajuste salarial de 14,07%, e melhores benefícios como auxílio-alimentação e auxílio-creche. Participam da greve: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, técnicos de laboratório, equipe multifuncional, técnico-administrativos, entre outros setores.

Conforme o Sindserh-MS, a paralisação é parcial, seguindo a regulamentação para serviços essenciais, ou seja, mesmo com a adesão de 80% dos trabalhadores, os atendimentos seguem regularizados.

Na última quinta-feira (2), o Humap recorreu ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) para mediar as negociações, após a categoria rejeitar reajuste de 2,5%.

A primeira proposta feita à categoria ocorreu em 18 de abril. Na época, os servidores recusaram o reajuste proposto, de 2,15%. Na última terça-feira (30), o sindicato se reuniu novamente com a Ebserh, momento em que a categoria recebeu a proposta de 2,5%, também recusada.

Cerca de 2,5 mil trabalhadores atuam nos hospitais universitários de Campo Grande e Dourados, que também aderiu à greve. Para eles, o aumento proposto pela empresa administradora significa “uma nova perda salarial para os profissionais que já vêm de um histórico de reposições abaixo da inflação”.