Sindicato repudia ataque de policiais militares contra jornalista de MS
Polícia diz que vai instaurar procedimento administrativo contra acusados
Marcos Morandi –
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Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira (2), o Sinjorgran (Sindicato dos Jornalistas Profissionais na Região da Grande Dourados) condenou o ataque contra o jornalista Sandro de Almeida Araújo , de Nova Andradina, que foi atacado por policiais militares à paisana. A agressão aconteceu em frente a sua residência após ser seguido por dois veículos.
“Em um estado democrático de direito é incabível a agressão por parte de agentes do Estado contra qualquer cidadão, muito menos contra um jornalista em razão da sua profissão”, diz um trecho da nota, que ressalta ainda, que se comando-geral da Polícia Militar e sua Corregedoria tivessem agido com rigor e imparcialidade a situação não teria chegado ao extremo registrado.
“O Sinjorgran espera que o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Carlos Videira, determinem a pronta investigação desse grave crime de tortura contra o jornalista”, diz outro trecho que cita denuncia anterior onde nenhuma providência foi tomada.
A entidade ressaltou ainda, que vai acompanhar de perto a apuração dessa grave denúncia, cobrando transparência dos organismos de segurança pública e também dos órgãos de controle como o Ministério Público Estadual (MPE).
Em resposta aos questionamentos da reportagem do Midiamax, o Comando da Polícia Militar confirmou que tratam-se de policiais militares envolvidos em agressão contra o jornalista Sandro de Almeida Araújo, nesta sexta-feira (02), em Nova Andradina, cidade a 298 quilômetros de Campo Grande.
A nota da Polícia Militar informa que será instaurado procedimento administrativo para apurar as circunstâncias e a conduta dos policiais. Ainda em nota, a corporação diz que a instituição tem compromisso com cumprimento das leis, preza e promove o Estado Democrático de Direito, além do livre trabalho da imprensa.
Entenda o ataque ao jornalista
Sandro disse que estava dirigindo para retornar para sua casa, quando dois veículos descaracterizados, um Renault Sandero e uma caminhonete L-200, com dois homens em cada um, teriam começado a persegui-lo.
Segundo ele, em nenhum momento os ocupantes dos carros se identificaram como policiais militares ou tinham qualquer identificação visual, além de não estarem fardados. O jornalista afirmou que, só depois, tomou conhecimento de que seriam policiais militares lotados na cidade de Nova Andradina. À polícia na delegacia, ele disse ter sofrido abuso de autoridade, já que não havia mandado de prisão contra ele.
O jornalista fala que foi agarrado, agredido e impedido pelos quatro supostos policiais a entrar em sua casa. Ele afirmou que, temendo por sua vida, seguia até a frente de sua residência, onde possui câmeras de segurança. No vídeo é possível ver o momento em que os homens vistoriam o carro da vítima. Ele disse ter sido jogado no chão e imobilizado com um golpe de mata leão.
Sandro ainda afirmou que acredita que houve crime de tortura contra ele para que dissesse que era o responsável pelas faixas e fogos. O caso foi registrado como “constranger o preso mediante violência a produzir prova contra si mesmo” e “submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei”.
Veja a nota do Sindicato dos Jornalistas
Nota de Repúdio à agressão de jornalista por policiais
O Sinjorgran (Sindicato dos Jornalistas Profissionais na Região da Grande Dourados) repudia com veemência a agressão praticada por policiais militares à paisana contra o jornalista Sandro de Almeida Araújo, que trabalha como repórter e é diretor de portal de notícias de Nova Andradina, Mato Grosso do Sul.
Em um estado democrático de direito é incabível a agressão por parte de agentes do Estado contra qualquer cidadão, muito menos contra um jornalista em razão da sua profissão. Essa não foi a primeira vez que homens da Polícia Militar de Nova Andradina investiram contra o jornalista Sandro de Almeida Araújo em razão da postura investigativa desse profissional.
Se o comando-geral da Polícia Militar e sua Corregedoria tivessem agido com rigor e imparcialidade a situação não teria chegado ao extremo registrado nesse último episódio, onde o jornalista foi perseguido, cercado, agredido física e moralmente por policiais militares armados e à paisana.
O Sinjorgran espera que o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Carlos Videira, determinem a pronta investigação desse grave crime de tortura contra o jornalista Sandro de Almeida Araújo, punindo com o rigor da lei aqueles que deveriam usar a nobre profissão de agente da lei para proteger o cidadão e não para perseguir, agredir e torturar um jornalista em razão do seu trabalho constitucional de informar a sociedade.
O Sinjorgran vai acompanhar de perto a apuração dessa grave denúncia, cobrando transparência dos organismos de segurança pública e também dos órgãos de controle como o Ministério Público Estadual (MPE).
Por fim, o Sinjorgran renova e ratifica o compromisso de defender todo jornalista que sofrer ameaça ou agressão física ou moral na tentativa de censurar um profissional da imprensa ou cercear o direito que a sociedade tem de receber informação, mesmo que a notícia não agrade quem está no poder ou no comando das forças de segurança pública.
Dourados (MS), 02 de Junho de 2023
Sindicato dos Jornalistas Profissionais na Região da Grande Dourados – Sinjorgran~
A DIRETORIA
Confira nota da Polícia Militar
O Comando da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul informa que já está tomando toma as medidas necessárias para elucidar os fatos ocorridos na data de 02 de junho, na cidade de Nova Andradina, na qual esteve envolvido o cidadão Sandro de Almeida Araújo. Será instaurado procedimento administrativo para apurar as circunstâncias, bem como, a conduta dos Policiais Militares envolvidos nessa ocorrência.
A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul é formada por mulheres e homens que diariamente servem a sociedade sul-mato-grossense mesmo com o risco da própria vida e, em respeito a esses policiais militares e a toda comunidade atendida pela Corporação, o Comando da PMMS, reafirmando o compromisso da instituição com o fiel cumprimento das leis tem total interesse em elucidar as circunstâncias do fato citado. Ademais, a PMMS é uma instituição que preza e promove o Estado Democrático de Direito o qual se solidifica, também, pelo livre trabalho da imprensa, segmento que atua em harmonia com a Corporação, inclusive, incentivando o aperfeiçoamento do trabalho desenvolvido pela Polícia Militar.
At.te,
Assessoria de Comunicação Social – PMMS
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