O secretário de saúde de Campo Grande, Sandro Benites, relevou que a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) vai recomendar o uso de máscara por professores e diretores nas escolas para evitar a disseminação no vírus causador de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).

“Vamos recomendar a volta do uso da máscara pelos professores, pelos diretores, para quem está dentro das escolas. As crianças menores, que são nosso foco nesse momento, no nosso entendimento, não têm condições de usar máscara”, disse após reunião na tarde desta segunda-feira (10).

De acordo com o secretário, a recomendação será para todas as escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) e a pasta também está em tratativa com o Governo do Estado para levar as recomendações a nível estadual.

reunião secretário sesau mascara
Secretário Municipal de Saúde, Sandro Benites (Foto: Kísie Ainoã/Jornal Midiamax)

“O problema da criança menor, que fica em casa, às vezes é um irmãozinho mais velho, de 5, 6 anos, que não sofre tanto. O problema hoje são os bebês abaixo de um ano que estão lotando nossas UTIs pediátricas”, explicou Benites.

Ao Jornal Midimax, o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Gilvano Bronzoni disse que vai debater com a Sesau essa recomendação antes do sindicato se posicionar.

Aumento da SRAG

As SRAG, que têm causado aumento na demanda por internações de crianças, fez três vítimas fatais em Campo Grande somente este ano. De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), um adulto e três bebês com menos de um ano morreram em decorrência de doenças respiratórias.

reunião sesau mascara
Reunião discutiu SRAG em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã/ Jornal Midiamax)

No domingo (9), 20 crianças com doenças respiratórias aguardavam vaga em hospitais. No fim de março, o Jornal Midiamax noticiou que a média diária era de 50 crianças aguardando leito hospitalar.

Em crianças, principalmente abaixo de um ano, as síndromes respiratórias demandam internação urgente, devido ao alto risco de morte.

São diversos os relatos de pais desesperados com crianças de meses de vida, aguardando leitos hospitalares, em UPAs que proporcionam atendimento improvisado.