Servidores da (Universidade Federal de ) se reuniram em ato público na tarde desta quarta-feira (30), para pedir recomposição salarial de 39%. Eles ainda pedem reestruturação das carreiras e equiparação dos benefícios.

O ato integra um movimento nacional organizado pela ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e no Mato Grosso do Sul coordenado pela Adufms. Apesar do salarial de 9% concedido pelo Governo Federal este ano, eles alegam a necessidade de repor as perdas de seis anos sem reajuste.

Lucivaldo Alves dos Santos, coordenador da Sista MS, afirma que a meta é conseguir chegar aos 40% de aumento, considerando as perdas dos últimos seis anos. “Em princípio, estamos pedindo que o ajuste salarial seja para todos os níveis destes 39%, abrangendo do menor ao maior salário”, disse.

Ele afirma ainda que querem recuperar as mobilizações de massa, como ocorriam antigamente. “A conscientização da importância de estar afiliado, e da reunião coletiva. Nossas conquistas só aconteceram mediante a muita luta, muita batalha, paralização e enfrentamento”.

Mariuza Guimarães, presidente do sindicato dos docentes da UFMS, afirma que estão em campanha salarial, divulgando para a comunidade interna. “O governo precisa mandar o projeto de lei orçamentária até amanhã para o congresso e nós não temos ainda uma proposta concreta. Estamos fazendo um movimentinhos chamar os colegas para a mobilização”.

Protesto UFMS (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Servidores recebem 9% de reajuste salarial

Em Mato Grosso do Sul, mais de 15 mil servidores federais serão beneficiados com o reajuste salarial de 9%. A medida provisória que regulamenta o reajuste foi aprovada em 23 de agosto pelo Congresso Nacional e o impacto financeiro no Estado está estimado em R$ 10 milhões.

Levantamento feito pelo Dieese/MS mostra que, em julho de 2023, eram 15.352 servidores federais em MS, entre ativos, aposentados, pensionistas e outros vínculos. A folha de pagamentos destes servidores que atuam no Mato Grosso do Sul soma R$ 70 milhões mensais.

Com o reajuste, em julho de 2023, a despesa vai para a casa dos R$ 80 milhões é provável que este acréscimo aproximado de 10 milhões, se mantenha ao longo do período [até o próximo reajuste]. O valor pode variar mensalmente devido a pagamento de férias, 13° salário, afastamentos e outros.