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Cotidiano

‘Sempre esteve andando junto com a gente’, diz representante do movimento negro sobre Amarildo

Amarildo foi empossado para o quarto mandato em 2021, após a morte do então deputado Cabo Almi. Também se aposentou como fiscal tributário após 39 anos
Priscilla Peres -
Deputado em reunião com o movimento negro. (Foto: Arquivo ALEMS)

Representante do movimento negro em Mato Grosso do Sul, Romilda Neto Pizani lamentou a morte do deputado estadual (PT). Ele era o único parlamentar negro na atual legislatura da estadual.

“O deputado sempre foi uma pessoa que esteve do nosso lado, andando junto com a gente e a favor da implementação de politicas publicas voltadas para a questão racial negra”, diz a presidente do Fórum Permanente das Entidades do Movimento Negro.

Amarildo também se destacou no legislativo pela representação dos movimentos sociais e é o autor da Lei de cotas em concursos públicos estaduais.

“Por diversas vezes fez intervenções na Assembleia para que seja pautado, respeitadas as nossas demandas, inclusive enquanto autor das cotas no serviço público, importantíssimo termos esse tipo de política sendo implementada, entendendo o número de população afro descendente que somos e a importância disso. Tivemos uma grande perda, com certeza”, destaca ela.

Internação

Amarildo estava internado desde quarta-feira (15) no Hospital Proncor, em . Assim, ele deu entrada na unidade ainda na madrugada.

No fim daquele dia, o parlamentar teria sofrido uma parada cardiorrespiratória e passou por reanimação. O petista foi intubado e passou por diálise, conforme apuração do Jornal Midiamax.

Ele teria um quadro de miocardite. Contudo, não foram divulgados detalhes do estado de saúde, e a família apenas relatou que Amarildo estaria estável e sendo tratado com antibióticos.

Contudo, nesta sexta-feira (17) a assessoria de imprensa do deputado confirmou a terceira parada cardíaca, que resultou na morte de Amarildo. Além disso, a informação é confirmada pelo chefe de gabinete, Manoel Paulo Barbosa, e pelo médico Ricardo Ayache, amigo da família.

O petista estava no quinto mandato, chegando a ir à Alems (Assembleia Legislativa do Estado de MS) por duas vezes como suplente. É pai de três filhos. 

Amarildo Cruz

Paulista de Presidente Epitácio, Amarildo Valdo da Cruz chegou a Mato Grosso do Sul aos 18 anos, em 1981, após aprovação em concurso para fiscal tributário estadual. É graduado em Direito e em Ciências Contábeis, pós-graduado em Gestão Pública e especialista em Ciências de Direito.

Assim, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores em 1984. Além disso, foi um dos fundadores e presidiu o Sindifiscal/MS (Sindicato dos Fiscais Tributários do Estado). No Governo do Estado, foi superintendente da Central de Compras.

Entre 2003 e 2006, foi diretor-presidente da (Agência de Habitação Popular), na gestão de José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT. No entanto, deixou o cargo para concorrer a deputado estadual, sendo eleito pela primeira vez.

Na eleição seguinte, em 2010, ficou apenas como primeiro suplente. Então, assumiu a superintendência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente  e dos Recursos Naturais Renováveis) no Estado em 2011.

Dois anos depois, foi convocado para assumir uma cadeira na Assembleia. Em 2014, conquistou mais um mandato nas urnas. Nesta legislatura, foi 2º secretário da Mesa Diretora.

Nas eleições de 2018, ficou novamente como suplente. Neste período, comandou a Unidade de Educação Fiscal da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda).

Foi empossado para o quarto mandato em 2021, após a morte do então deputado Cabo Almi. Também se aposentou como fiscal tributário após 39 anos. No último pleito, em 2022, foi reeleito para novo mandato.

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