Pular para o conteúdo
Cotidiano

Sem dormir em meio às cinzas na fazenda, família antecipa volta para casa e diz: ‘Salvem o Pantanal’

Há dois dias, o governo de Mato Grosso do Sul inclusive decretou estado de emergência em cinco municípios do Estado
Graziela Rezende -
Registros feitos por família tanto na área urbana quanto rural de Miranda. (Arquivo Pessoal)

Peixes mortos boiando, céu tomado pelas cinzas, chamas se alastrando, sensação térmica que passa dos 45°C e elétrica. A situação presenciada por uma família, semelhante a muitas que estão na região pantaneira, os fizeram antecipar a volta para casa, mas, deixando por lá os pensamentos e usando as redes sociais para uma súplica: “Salvem o “. Há dois dias, o governo de Mato Grosso do Sul inclusive decretou estado de emergência em cinco municípios do Estado.

“Meus pais, minha irmã que é guia de turismo e até eu mesmo, que sempre estou na fazenda em Miranda, antecipamos a volta para Campo Grande. O fogo está se alastrando e a região está sem fluxo de ar, é uma situação bem crítica. Muita gente passando mal por conta da fumaça também. E muito quente, muito abafado na área rural principalmente. Todos ali estão sentindo os efeitos do calor e do fogo”, lamentou a nutricionista Glaucia Magali Tarouco Batista, de 36 anos.

A irmã de Glaucia, a guia turística Greisi Mary Tarouco Batista, de 39 anos, disse que a família também ficou sem energia na propriedade rural, o qual pertence ao pai dela desde 1995, provavelmente por conta da ventania. Além de lá, contou que os hotéis fazenda estão amargando muitos prejuízos, perdendo inúmeros turistas.

“Sou guia de turismo bilíngue no Pantanal há 7 anos, mas, trabalho na região há mais de 15. Temos o período de maio, junho até agora, outubro e novembro, como alta temporada, para observação de vida selvagem. Mas, de novembro em diante, começam as chuvas e, supostamente, era para estar chovendo, mas, como tudo vem mudando, desmatamento e tudo mais, a gente tem aí essa complicação no ciclo de águas do Pantanal”, disse Greisi.

Neste período, mesmo sem a observação da vida selvagem, muitos turistas vão ao local para contemplarem a maior planície alagada do mundo. “São 253 mil hectares se eu não me engano, é uma área gigantesca, mas, tendo em vista a seca e os incêndios, que vem desde o pantanal norte, no Parque Estadual das Águas, o maior local de concentração de onças-pintadas do mundo, vimos que já queimou muito”, ressaltou a guia turística.

Desta forma, quem reside na região, está convivendo com as queimadas, tempo “muito quente e abafado”, sensação térmica acima dos 45°C, fumaça e fogo. “Isto, para o meio ambiente, a natureza e o turismo está sendo horrível. Sabemos que o fogo tem causas naturais e também por práticas humanas, por vezes ilegais. E o aumento da seca, falta de , por conta do fenômeno El niño também, tudo ajuda para a alastrar o fogo e também por não termos ações preventivas”, acredita Greisi.

Veja os vídeos feitos pela família na região de :

https://www.youtube.com/watch?v=cYlnaehEALg

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados