Saúde não constatou maus-tratos em menina morta que passou 30 vezes por atendimento
Apesar da quantidade de idas ao posto de saúde, ninguém suspeitou de violência contra a criança
Priscilla Peres –
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O protocolo manda que profissionais de saúde denunciem à polícia e ao conselho tutelar caso de maus-tratos em crianças, quando constatado em atendimento. Mas mesmo em 30 visitas à unidade de saúde, ninguém suspeitou de agressões na criança de 2 anos morta.
A criança morreu na quinta-feira (27) e foi levada pela mãe até o UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino. Ela chegou até lá morta e, segundo relatos médicos, haviam hematomas pelo corpo e sinais de estupro.
A mãe e o padrasto estão presos, suspeitos do crime. A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, afirma que mesmo em 30 consultas em unidades básicas de saúde, em nenhuma delas houve constatação de maus-tratos.
Isso significa que nenhuma denúncias foi feita. Pois caso houvesse a constatação pela equipe de saúde, Conselho Tutelar e Polícia deveriam ser acionados. O que nunca ocorreu neste caso.
Ainda de acordo com a Sesau, há relatos de vômito, febre e ossos quebrados, entre os atendimentos feitos à criança de dois anos.
O sistema municipal de saúde também não se atentou a quantidade de consultas. Todas ficam salvas no prontuário médico da criança. Porém, devido a rotatividade de profissionais nas unidades e turnos, ninguém teve dimensão da quantidade de atendimento.
Família denunciou agressões há 1 ano
A família da criança já havia denunciado o padrasto e a mãe da menina pelo crime de maus-tratos há 1 ano. Tanto a mãe como o padrasto da criança estão presos.
O primeiro registro feito por maus-tratos foi no dia 31 de dezembro de 2021, pelo pai da menina, na DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente). Nele o pai narra que foi casado com a mãe da criança por 3 anos, e que após a separação tinha direito a visitas livres, e toda vez que ia buscar a filha, a criança estava com hematomas.
Quando questionava a ex-mulher sobre os machucados da filha, a mulher relatava que a criança havia caído ao brincar com um gato. Toda vez que a menina ia para sua casa estava machucada e ele passou a questionar a mãe da criança insistentemente.
Os hematomas pararam de aparecer por um tempo. O pai da criança ainda disse que conversou com sua ex-sogra que relatou que a filha estava maltratando a neta constantemente e que a menina era mal alimentada e vivia em condições insalubres.
O outro registro de boletim de ocorrência foi no dia 21 de novembro de 2022, quando a criança apareceu com a perna quebrada e com hematomas nas costas. A mãe da criança disse ao ex-marido que a filha havia caído no banheiro.
A criança chegou a ser levada para a ser ouvida por psicólogos na DEPCA, mas como tinha pouca idade não foi possível realizar escuta especializada. Na época, foi pedido exame de corpo de delito.
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