Chegou ao fim neste domingo (2) um século de história de uma das figueiras plantadas no canteiro central da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande. Logo cedo, uma equipe da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana).
Parte da via foi interditada para o corte da figueira. Desde o ano passado, a prefeitura tentava salvar a árvore, mas no mês passado, a Semadur emitiu um laudo condenando a histórica espécime.
Os galhos passarão por uma análise para descobrir o que levou à morte da figueira, para evitar que mais uma se perca. Uma outra árvore centenária como essa já teve que ser derrubada, em abril de 2022.
A remoção seguiu a Lei Complementar 184/2011, que autoriza a derrubada quando a árvore, esteja ela em locais públicos ou privados, apresentar risco iminente de queda.
Figueira foi plantada por ex-prefeito de Campo Grande
As figueiras foram plantadas entre 1921 e 1924, por determinação do então intendente municipal, Arlindo de Andrade Gomes. Na época, o prefeito – que também foi juiz de Campo Grande – iniciou um processo de arborização.
Nos últimos anos, a prefeitura intensificou o acompanhamento dessas árvores, aplicando óleo de neem, um bioprotetor natural utilizado no combate de pragas e doenças, e para o controle das infestações por mosca-branca, tripés e fumagina.
A Semadur usa desde 2018 um tomógrafo para aprimorar as análises de risco. Podas animais são realizadas para remover galhos mortos ou que entrem em contato com imóveis e a rede elétrica ou de telecomunicações.
No ano passado, servidores da pasta passaram por uma capacitação, onde o canteiro central da avenida serviu como teste prático. “Tem sido empregado o máximo esforço para preservarmos as nossas figueiras, árvores que simbolizam a história, a cultura e a peculiar qualidade de vida de Campo Grande”, declarou a secretária Kátia Sarturi.
