A figueira centenária do canteiro central da Avenida Afonso Pena, entre a Rui Barbosa e a Pedro Celestino, que estava morta e, por isso, a Prefeitura tomou a decisão de retirá-la, começou a ser removida na manhã deste domingo (10).

Segundo a equipe da (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), que acompanha o trabalho de retirada da árvore no local, a remoção começou por volta das 6 horas da manhã e deve seguir até às 11 horas, aproximadamente.

Um lado da pista da Afonso Pena, sentido Parque dos Poderes, está interditada para que os galhos e troncos sejam depositados ali antes de serem levados. Alguns troncos foram triturados e outros serão removidos por inteiro.

A aposentada Tania Maria, de 62 anos, que mora há 15 anos em um prédio nos arredores da avenida gravou o momento em que a figueira começou a ser retirada. Ela disse que acompanha o tratamento da árvore há muitos anos e que esta árvore, em especial, sempre destoava das outras, por estar aparentemente “sem vida”. “Hoje, ao ver a árvore desta maneira, parece que é um momento de luto”, lamenta.

Veja o vídeo:

Luta para salvar a figueira

“Esta figueira está doente e cheia de curativos, desde 2017. Nós colocamos espuma com fungicida, fizemos todo o tratamento necessário, nela e nas outras, mas esta em especial não resistiu e já está com risco de queda, por isso a será necessária. Fizemos a nutrição do solo também, só que ela não respondeu como deveria. O mesmo tratamento aqui fizemos inclusive nas octogenárias da avenida Mato Grosso e cada uma responde de uma forma”, explicou ao Jornal Midiamax o titular da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana), Luís Eduardo Costa. 

Figueira ficava em frente à Estadual Joaquim Murtinho (Foto: Henrique Arakaki)

Figueira deixou filhotinha, diz secretário

Antes da retirada, no entanto, a Semadur fez um planejamento e plantou a muda desta figueira alguns metros adiante. “É a filhotinha dessa figueira, algo que servirá para as próximas gerações. Agora ela já está bonita e firme. É um clone da mãe. Tudo isso mostra o quanto precisa manter a qualidade sensorial e a questão cultural, então, esse manejo é muito necessário, inclusive para manter a cidade como sendo a Cidade Árvore do Mundo, pelo terceiro ano consecutivo”, finalizou.