Comerciantes se reuniram com prefeitura de para discutir soluções para impulsionar vendas no Centro. Entre as medidas foram discutidas a possibilidade de fechar ruas para veículos em datas comemorativas como Dia das Mães, Namorados e etc, e também a volta do estacionamento rotativo, que deixou de ser cobrado após o fim do contrato com a Flexpark.

A situação é motivo de reclamação de comerciantes, pois clientes não conseguem encontrar vagas nas ruas do Centro, pois já estão sendo ocupadas por carros que ‘moram' nas ruas. Donos de estacionamentos particulares que comemoram com a situação, já que viram movimento aumentar 50%.

Outra medida citada na reunião foi a volta da ação Liquida Centro, que seria uma forma de atrair clientes para comprar nas lojas da região. A iniciativa foi deixada de lado após a pandemia.

O secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila, citou que também é necessário capacitar os trabalhadores. “Hoje o foco é o consumidor, diferente de anos atrás quando se trabalhava o produto, hoje o que importa é quem consome. Então, a gente precisa entender esse cliente, melhorar a forma como ofertamos os nossos serviços e produtos e trazer esse consumidor para perto. Ele quer comodidade, então temos que oferecer isso para ele”, diz.

Ao fim, a prefeitura não sinalizou quais medidas está tomando em relação ao retorno do estacionamento rotativo nem prazo para que volte a ser adotado.

Um ano sem estacionamento rotativo

O fim da cobrança se deu após a não renovação do contrato de concessão entre a empresa e a prefeitura.

Em fevereiro, o secretário da (Agência de Regulação dos Serviços Públicos), Odilon Junior, disse ao Jornal Midiamax que o município analisa um novo termo de referência para contratar a empresa responsável pelos parquímetros no Centro da cidade e a previsão é que nova licitação seja aberta até o fim do primeiro semestre de 2023.

Na época, o secretário ainda disse que a Agereg, a (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e a Sugepe (Subsecretaria de Gestão e Projetos Estratégicos da Prefeitura Municipal) participaram de reunião para debater termo que serviria de referência para nova empresa.

Em resposta a novo questionamento da reportagem, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que a licitação está em fase de “modelagem econômico-financeira”, e não precisou quando o certame deve ser publicado.

Concessão encerrada

A Flexpark foi uma empresa que ofereceu serviços de estacionamento rotativo na região Central de Campo Grande para ordenar o trânsito na região. Na época, o valor cobrado por hora era de R$ 2,50 e serviço funcionava de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Aos sábados, parquímetro era de 8h às 13h. 

O último dia de operação da Flexpark foi em 22 de março de 2022. A partir do dia 23 do mesmo mês, os quadriláteros da Avenida Fernando Correa da Costa a e Avenida Calógeras à Rua Padre João Crippa ficaram sem cobrança nos parquímetros.

O encerramento das atividades da Flexpark foi um período conturbado na Capital. No ano passado, o Jornal Midiamax publicou reportagem sobre ação movida na Justiça pela Agetran (Agência Municipal de Trânsito) contra a Metropark Administração Ltda sobre a cobrança de R$ 237 mil referentes ao repasse que a Flexpark devia à prefeitura desde janeiro de 2022. Em menos de três meses, a empresa teve receita de R$ 807 mil com a exploração do serviço de estacionamento.

Conforme estabelecido em contrato firmado em 2012, mensalmente a Flexpark repassava à Agetran 28,5% da arrecadação da renda bruta obtida com a venda de créditos usados por motoristas para estacionar nas ruas da Capital.

De janeiro a março de 2022, último mês de operação da empresa, a Flexpark acumulou ganhos de R$ 807,7 mil que renderiam repasse de R$ 237.124,30 ao município. A dívida, contudo, demorou para ser paga. “A Agetran informa que o valor desta ação já foi pago pela Flexpark”, informou a prefeitura de Campo Grande.