Porto Murtinho registra 105 mm de chuva e moradores enfrentam alagamento

Chovendo desde a madrugada desta terça-feira (31), moradores que passaram por tragédia na enchente em 2017 ficaram alertas

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Rua do bairro Cohab alagada (Foto: Porto Murtinho News)

A chuva que é registrada desde a madrugada desta terça-feira (31) em Porto Murtinho, a 443 quilômetros de Campo Grande, alaga ruas do bairro Cohab, a mesma região que ficou submersa na enchente de 2017.

Moradores da Rua Carandá e Jatobá ficaram ilhados. A água não chegou a invadir casas, mas alertou a população da periferia da cidade. No início do mês, a prefeitura iniciou limpeza no canal que passa pela Avenida Laranjeiras, uma das maiores dificuldade de escoamento da água da chuva devido à vegetação, conforme o site Porto Murtinho Notícias.

De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão Filho, o volume de chuva das últimas quatro horas equivale a cerca de 65% do que era esperado para todo o mês, alcançando 105,8mm ainda pela manhã.

A reportagem tentou contato com o município pelos telefones funcionais do Paço Municipal e Secretaria de Obras, mas não obteve sucesso. O espaço segue aberto para um posicionamento.

Problema antigo

O mais recente problema de alagamento aconteceu no fim do ano passado. O volume de 48 mm de chuva deixou ruas intransitáveis na cidade. O canal de escoamento da Avenida Laranjeiras, conhecido como “valetão” fica sobrecarregado com a quantidade de água que atinge, principalmente, o bairro Cohab.

Em julho de 2020, o Governo do Estado anunciou grandes investimentos no município para contenção de enchentes, com um projeto de recuperação da estrutura do dique. Neste caso, a obra orçada em R$ 1,6 milhão contemplaria a restauração e reforço da cortina de contenção do dique construído às margens do Rio Paraguai na década de 1980.

No mesmo ano, um decreto estadual manteve a cidade em situação de emergência durante todo o ano. Na ocasião, houve recomendação da Defesa Civil Estadual e o documento ainda falava sobre o início das cheias no Pantanal, o que poderia causar o agravamento da situação.

Já em 2017 e início de 2018, as enchentes deixaram centenas de pessoas desabrigadas. O coordenador estadual da Defesa Civil, Fábio Catarineli, ressaltou em entrevistas que o bairro Cohab estava “com água acima dos joelhos” em ao menos três quadras, sendo também o mais atingido pelas fortes chuvas.

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