Por salários melhores, 30 mil operários podem paralisar canteiros de obras em Campo Grande
Trabalhadores do setor podem estar saindo do Estado em busca de melhores condições e desfalcando mão de obra local
Fábio Oruê –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais

Cerca de 30 mil trabalhadores da construção civil de Campo Grande podem fazer uma paralisação nos canteiros de obras. Eles reclamam da desvalorização salarial do setor em Mato Grosso do Sul.
A categoria está insatisfeita com a diferença de salário e benefícios pagos em Mato Grosso do Sul em comparação a outros estados”, afirma o presidente do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil da Capital), José Abelha.
Segundo ele, o sindicato tenta evidenciar para os empresários do setor sobre o arrocho salarial da categoria desde o começo de 2023. “O piso salarial de algumas funções em Campo Grande chega a ser até 30% menor em relação a estados como São Paulo e Paraná, nossos vizinhos, onde o vale-alimentação, por exemplo, chega a R$ 800 por mês. Mas por aqui é de R$ 120”, explica.
Falta de mão de obra
“Esta é até uma explicação para a falta de mão de obra no setor, já que muitos trabalhadores são atraídos por melhores condições fora do nosso estado ou migram para outras profissões com melhor remuneração”, ressalta Abelha.
O Sintracom já fez várias reuniões com os empresários da construção civil para negociar uma Convenção Coletiva mais justa e que fique próxima da realidade praticada em outros estados. “Infelizmente, a resposta que tivemos não contempla reajuste com ganho real e um vale-alimentação digno. Diante disso, os trabalhadores têm constantemente reclamado da situação”, diz.
A data-base da categoria é o mês de março e até agora não se chegou a um consenso sobre a Convenção Coletiva de Trabalho. “Não nos resta outra opção no momento a não ser a possibilidade de paralisações nos próximos dias”, finaliza.
Notícias mais lidas agora
- Classificada com alto risco, moradores temem rompimento de barragem no Parque Atlântico
- Após aumento da tarifa, Consórcio Guaicurus tenta garantir repasse maior da prefeitura na Justiça
- Riedel regulamenta proibição do uso de celulares em escolas de Mato Grosso do Sul
- Em rua que nem ônibus passa, moradores do Jardim Centro Oeste ficam isolados por lama e crateras
Últimas Notícias
Cesta básica sobe nas capitais e custa ao menos 40% do salário mínimo
A cesta básica mais cara foi cotada em São Paulo
Carnaval em Campo Grande tem início no próximo dia 15
Ao todo, mais de 20 blocos comandarão a festa este ano
Com novo temporal, capital paulista tem alagamentos e falta de luz
151 mil domicílios ficaram sem luz
PRF apreende 4,2 Kg de cocaína que estavam em pneu de carro na BR-163
O condutor disse que transportava a droga de Ponta Porã até o interior de Minas Gerais
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.