“Dois pirarucus no córrego de Campo Grande”! O flagra inusitado, feito em vídeo por um leitor, chamou atenção e intrigou a reportagem do Jornal Midiamax na manhã desta quinta-feira (6). Seria possível um peixe tão grande viver nas águas do Córrego Anhanduí, bem no Centro de Campo Grande?
“É difícil de acreditar, deve ter uns dois metros ou mais. Minha mãe tem uma casa aqui no Centro e eu sempre olho para baixo para ver os cágados e peixes pequenos, mas um desse tamanho não imaginava. E olha que gosto de pescar, logo, conheço bem”, comentou leitor. Em imagens feitas por ele é possível notar o que aparenta ser um peixe, balançando dentro da água turva do córrego.
Enquanto a equipe de rua foi para o local atrás do tal pirarucu, repórter na redação foi em busca de mais informações sobre o assunto. Biólogo e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), José Milton Longo achou a possibilidade pouco provável, mas não completamente descartável.
“O rapaz fala que é pirarucu, mas não temos esse peixe nos nossos rios, a não ser que soltaram, assim como fizeram na Lagoa Itatiaia, onde capturaram aquele cachara. O pirarucu é amazônico, mas estão criando em vários locais”, comentou.
De acordo com o biólogo, em Campo Grande é comum o surgimento de peixes maiores. “Tem um trecho do Anhanduizinho, quando recebe o Prosa na altura do Horto, que é comum ver alguns peixes mais ou menos grandes que ficam na correnteza, com água mais limpa”, finaliza.
Bom, se você chegou até aqui deve estar curioso para saber sobre o peixe, certo? O pirarucu, na verdade, era uma coberta seca poço presa ao fundo do córrego.
Com isso, ficam dois alertas: nem tudo é o que parece e a preservação dos nossos córregos deixa muito a desejar!
