A Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul realizou nesta sexta-feira (1º), um ato de desagravo público em favor de Willer Souza Alves e Pablo Gusmão, advogados de defesa que atuam no caso da menina Sophia Ocampos.

O ato ocorreu em frente ao Plenário da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande em repúdio a situação ocorrida em maio deste ano, quando os dois advogados foram retirados da audiência de instrução e julgamento após discussão com o juiz Carlos Alberto Garcette.

Presente na solenidade, o presidente da OAB/MS Bitto Pereira, disse que o ato de desagravo não é um momento de felicidade. “Se aqui estamos significa que um colega teve suas prerrogativas violadas. Neste caso, gravemente violadas”.

Pablo Gusmão destacou que o que estão vivenciando neste processo é algo que nunca tinha visto na vida profissional. “O que está acontecendo nesse processo, em relação aos magistrados, é algo que não existe. E alguns colegas ainda tentaram nos calar”.

Já Willer Souza destacou emocionado, que pediu ajuda como forma de não desistir do trabalho. “Tenho grande respeito pelo magistrado, mas errou feio. O que ocorreu foi uma situação costumeira e quem atua no Tribunal do Juri sabe”.

Advogados foram retirados de audiência de instrução

Os advogados de defesa do padrasto de Sophia Ocampos, Willer Souza Alves e Pablo Gusmão, foram retirados durante audiência de instrução e julgamento ocorrida no dia 19 de maio, no Fórum de Campo Grande. Um deles, Willer Souza Alves, discutiu com o juiz Carlos Alberto Garcette ao dar um copo d’água para uma testemunha durante o depoimento dela. A audiência foi suspensa e continuará na próxima sexta-feira (26).

A testemunha prestava depoimento e respondia às perguntas do juiz, quando começou a se emocionar e chorar no plenário. O advogado Willer, do padrasto de Sophia, teria passado em frente do magistrado e entregue um copo d’água para a mulher.