Foi marcada para a manhã de sábado (21) a assembleia geral dos trabalhadores do transporte coletivo de Campo Grande. No encontro, a categoria vai decidir se fará greve por tempo indeterminado, enquanto aguarda avanço nas negociações por reajuste salarial e nas condições de trabalho. 

Em documento, o STTCU-CG (Sindicato Dos Trabalhadores Em Transporte Coletivo Urbano De Campo Grande) convocou cerca de 1.500 profissionais para o encontro que acontecerá às 8h30, na sede do sindicato. 

“O Sindicato convoca todos os trabalhadores da categoria na base territorial de Campo Grande para discussão e deliberação acerca das seguintes ordens do dia: 1) informes sobre o impasse das negociações salariais de 2022 e seus desdobramentos jurídicos e; 2) deliberação sobre deflagração geral de greve”, diz o texto.

Caso os trabalhadores decidam pela greve, a decisão deve ser comunicada aos empregadores e aos usuários com antecedência mínima de 72 horas da paralisação de hoje (18).

Negociação de reajuste

Há cerca de um mês, os motoristas estão em diálogo com a empresa detentora do transporte público de Campo Grande. Eles pedem reajuste de 16%, mas empresários ofereceram 6,4%.

Desde 22 de dezembro, motoristas alertam sobre a paralisação. Então, neste dia o Consórcio afirmou que a formalização de acordo de reajuste salarial com os trabalhadores passa pela definição da prefeitura a respeito do reajuste tarifário.

Em reunião da empresa com a categoria no dia 27 de dezembro, foi proposto aos motoristas um reajuste de 6,4%, mas o sindicato rejeitou inicialmente a proposta. Um novo encontro foi marcado para o dia 29 de dezembro, mas adiado após pedido do Consórcio.

Justiça não aceitou pedido do Consórcio Guaicurus

Em decisões na tarde desta terça-feira (17) e na manhã de hoje (18), a Justiça do Trabalho negou pedido do Consórcio Guaicurus que tentava impedir a paralisação dos motoristas do transporte coletivo de Campo Grande.

O advogado do Consórcio Guaicurus, Felipe Barbosa, informou à reportagem que o juiz plantonista negou o pedido em carácter de urgência.

“Nosso pedido de liminar foi indeferido, o juiz destacou no despacho dele que ainda não apresenta riscos. E disse que se houver a paralisação, vai reavaliar o pedido e notificar o sindicato”, relatou.