Por Rafael Dias

O possível surto de Covid-19 que fez com que as autoridades em saúde recomendassem até reforço de vacinação no público vulnerável não motivou aumento da procura por máscaras de proteção nas farmácias em Campo Grande, mesmo com o uso desses itens, ao lado da imunização, fortemente recomendado pelas autoridades de saúde.

Mesmo assim, a cidade está cheia daqueles que adotaram a etiqueta respiratória – quando o uso da EPI (Equipamento de Proteção Individual) é adotado para evitar transmissão ou contaminação pelos vírus respiratórios. Os adeptos até destoam em meio a multidão por exibirem as máscaras em meio a dezenas de outros desprotegidos. Seria o medo de perder as festas de fim de ano no isolamento?

Pode ser somente prevenção, como conta a advogada de 26 anos Débora Ferreira. “Eu e minha mãe, que já é idosa, as utilizamos por precaução e responsabilidade com nossa saúde e a dos outros. Seja descartável ou de tecido, conta à reportagem”.

Na linha de frente do atendimento ao público, Márcio Ferreira dos Santos, de 45 anos, também utiliza as máscaras. Segundo ele, devido à circulação do vírus, que tende a aumentar no fim do ano. À reportagem, ele contou até que é questionado por clientes por seguir utilizando o EPI.

Itens de proteção têm pouca saída

Mesmo com aqueles que seguem com a etiqueta respiratória, o mercado de máscaras, tanto descartáveis quanto reutilizáveis, vive certa estagnação. Atendente de farmácia, Hailton Gomes relata que a procura por máscaras descartáveis diminuiu.

“As pessoas não procuram mais [as máscaras] em excesso. A verdade é o que quase nem procuram. Um ou outro. Procuram uma, duas unidades… No máximo uma meia dúzia. No máximo. A grande procura terminou”, detalha.

Também atendente de farmácia, Rauni Dias Correia também confirmou ao Jornal Midiamax que procura por máscaras caiu desde a liberação. Contudo, o que segue na preferência dos clientes é o teste de covid-19. “A procura do teste é maior. Vende mais testes do que máscaras de proteção individual”, conclui.

Confira os preços encontrados pela reportagem:

MÁSCARAS DE PROTEÇÃO

DROGASIL

  • Máscaras descartáveis Unitária – R$11,19
  • Caixa com 50 unidades – R$ 47,99
  • Máscara Descartável KN95 -R$ 6,59

PAGUE MENOS

  • Máscara Descartável Cirúrgica Cremer Tripla Proteção Com 50 Unidades -R$ 23,99
  • Máscara Descartável Pague Menos Tripla Com 30 Unidades – R$ 29,99
  • Máscara Descartável 3m 9320 Br Pff2 – R$ 9,99

DROGA RAIA

  • Máscara descartável tripla Medix com 50 unidades – R$ 7,34
  • Máscara KN96 Needs com 2 unidades – R$ 7,12
  • Máscara descartável Needs com 50 unidades – R$ 47,99

SÃO LEOPOLDO

  • Máscara descartável tripla Naype com 50 unidades – R$ 30,00
  • Máscara KN95 Multilaser Saúde Unidade – R$ 2,99

AUTOTESTE COVID

DROGASIL

  • Autoteste Antígeno Nasal Covid-19 Needs – R$ 39,90
  • Autoteste Antígeno Covid-19
    Novel – R$ 60,59

PAGUE MENOS

  • Autoteste Covid Detect – R$ 42,99
  • Autoteste Covid Ag Oral Detect – R$ 39,99
  • Teste Covid + Ecoteste – R$ 89,85
  • Teste COVID Antígeno Nasal – R$ 59,90
  • Autoteste Antigeno Cpmh Covid-19 – R$ 45,99
  • Teste COVID+Influenza A/B – R$ 59,90

DROGA RAIA

  • Autoteste Antígeno Nasal Covid-19 Needs – R$ 39,90
  • Autoteste Antígeno Covid-19 GT Group – R$ 14,90
  • Autoteste Antígeno Covid-19 Novel – R$ 60,59

SÃO LEOPOLDO

  • Autoteste Antígeno Nasal Covid-19 – R$ 50,00

* Preços consultados no e-commerce e por telefone em 15/12/2023

Etiqueta Respiratória

Medidas simples da Etiqueta Respiratória ajudam a minimizar a transmissão de doenças infecciosas. Crianças e adultos com sintomas respiratórios, como tosse, coriza e congestão nasal, devem seguir essas recomendações:

Situação em Capitais

Campo Grande está entre as dez capitais que mostraram sinal de aumento nos casos de Covid-19, ao lado de Aracaju, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Rio de Janeiro, Salvador, Teresina e Vitória. Com isso, a SES recomendou dose de reforço da vacina bivalente, a mais atualizada, para idosos e pessoas imunodeprimidas.

Segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), cidades como Fortaleza, João Pessoa e Salvador apresentam aumento, especialmente entre a população mais idosa. Em Aracaju e Maceió, o sinal pode indicar um início de ciclo, mas com um número relativamente baixo de casos.

No Rio de Janeiro, o crescimento recente é observado em crianças de 2 a 14 anos, sem indicações diretas de associação à COVID-19. mostra uma situação semelhante. Campo Grande, Florianópolis, Teresina e Vitória apresentam apenas oscilações, segundo a análise por faixa etária.

Em contraste, no centro-sul, o cenário não mudou, mantendo-se uma tendência de queda nos casos. interrompeu o crescimento e permanece em fase estável. Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, que registraram leve aumento recentemente, agora são classificados como oscilação, conforme informou Marcelo Gomes, pesquisador do Procc/Fiocruz e coordenador do InfoGripe.