Nesta manhã de segunda-feira (23), representantes do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) se encontraram com membros do MPL (Movimento Popular da Luta) que estavam protestando na BR-163, em Campo Grande. Após uma manhã de bloqueios e congestionamentos, os manifestantes decidiram liberar o trânsito nas duas rodovias federais do Estado.

Segundo Claudia Maria Tadico, ouvidora agrária nacional do MDA, as principais reivindicações dos manifestantes incluem a regularização de dois acampamentos, um em Campo Grande e outro em Naviraí.

Ela ressaltou que “o cadastramento das famílias que desejam ser beneficiadas pelo PNRA (Programa Nacional de Reforma Agrária) será realizado assim que houver recursos orçamentários suficientes.”

Além disso, a ouvidora informou que outras exigências do movimento envolvem melhorias na estrutura do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Os manifestantes solicitam a abertura de novas vagas no órgão.

Claudia destacou que “o Governo já encaminhou a proposta orçamentária com a devida dotação do órgão, autorizou concursos para recompor o quadro de pessoal e está em diálogo com os servidores para reestruturação das carreiras.”

Outra demanda importante é a criação de uma diretoria dedicada à obtenção de terras para a reforma agrária. Segundo Claudia, “a instituição está fazendo todos os esforços possíveis que não requerem aumento do orçamento disponível em 2023 para retomar o assentamento de famílias rurais sem-terra.”

A representante do protesto, Patrícia Luz, disse “tivemos uma boa posição da ouvidora agrária nacional Dra. Cláudia e do superintendente do Incra Paulo Roberto. Vai ter um seminário esse semana no INCRA. Estamos bem esperançosos com as promessas da parte deles em solucionar nossos problemas.”