Na próxima terça-feira (14), Mato Grosso do Sul vai receber 332 vacinas contra a Mpox, popularmente conhecida como varíola dos macacos. De acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), 116 pessoas serão escolhidas para receber duas doses do imunizante, obedecendo critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. 

Campo Grande, Dourados e Três Lagoas receberão as vacinas MVA-BN Jynneos Mpox, respectivamente, as cidades acumulam maior número de notificações da doença no Estado. Caberá a cada cidade determinar estratégias para atingir o público-alvo, inclusive, busca ativa.

Nesta sexta-feira (10), as secretarias de saúde dos municípios farão capacitação virtual. O intervalo entre a D1 e D2 é de no mínimo de 28 dias.

“É importante dizer que nós vamos receber o quantitativo de 332 doses, porém, como a gente deve resguardar imunizantes para a segunda dose, vamos conseguir atender 166 pessoas com a D1 da vacina. Mas de acordo com o andamento da vacinação e verificação de necessidade de reposição dessas doses, nós reportaremos essa necessidade ao Ministério da Saúde, que fará o ajuste no quantitativo a ser enviado aos estados, se necessário”, comenta a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Ana Paula Goldfinger.

Conforme a preconização do Ministério da Saúde, as vacinas contra a Mpox serão restritas aos seguintes grupos:

• Pessoas vivendo com HIV/Aids: homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais, com idade igual ou superior a 18 anos e com contagem de linfócitos TCD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses;

• Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus e que possuam de 18 a 49 anos de idade.

Conforme balanço da Secretaria, em 2023 apenas um caso foi confirmado no Estado, que contabiliza 161 casos no total. 

O último diagnóstico positivo foi no dia 22 de janeiro, quando um homem, de 33 anos, testou positivo em Campo Grande. 

Mpox

A Mpox é uma doença causada pelo vírus do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae, geralmente autolimitada, com sinais e sintomas que duram de 2 a 4 semanas. O período de incubação do vírus é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

A pessoa infectada é assintomática no período de incubação. A manifestação cutânea típica é do tipo papulovesicular (manchas vermelhas), precedido ou não de febre de início súbito e de linfadenopatia (inchaço dos gânglios). Outros sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão.