A loja abandonada na Rua 14 de julho, esquina com Avenida Afonso Pena, continua dando dor de cabeça aos comércios vizinhos, devido ao mau cheiro que vem do local. A situação do prédio foi denunciada em reportagem do Jornal Midiamax, que mostrou o local tomado por lixo e servindo como abrigo para usuários de drogas.
A situação estaria espantando clientes, conforme relatado por comerciantes da região. No entanto, no dia seguinte após a publicação da reportagem, a Sesau (Secretaria de Estado de Saúde) esteve no local e notificou o proprietário.
Conforme a pasta, uma limpeza foi realizada no terreno, na sexta-feira (30). Porém, o imóvel segue sem isolamento e a situação, aos poucos, volta a ficar crítica.
Vizinhos denunciam que um isolamento chegou a ser feito, mas teria sido derrubado. Assim, sem uma barreira, moradores continuam jogando lixo no local e a situação caminha para ficar caótica novamente.
Ainda de acordo com a Sesau, a coordenadoria está em contato com o responsável para saber o motivo do isolamento não ter sido feito. Após a limpeza feita na última sexta-feira, o local voltou a ser utilizado indevidamente, e os comerciantes continuam reclamando do odor exalado pelo terreno.
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Um comerciante que não quis se identificar, afirma que, sem o isolamento, a situação não se resolverá. “O cheiro está insuportável de novo porque não foi fechado ainda. Então essa questão de estar limpo ou sujo é muito inconstante. Podem ter limpado, mas se não fecharem, fica sujo novamente um dia depois”, comenta.
O comerciante ainda questiona a ineficiência do tapume para fazer o isolamento. “Com tapume realmente não vai adiantar. Vamos continuar nesse fecha e abre. É muito triste pra nossa cidade e para o comércio. Deveriam, simplesmente, botar uma grade, pelo menos”, afirma.
Em nota, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) informa que já houve fiscalização no local. “Portanto, será encaminhada nova vistoria no local e constatada a irregularidade, a autuação (multa) neste caso pode variar entre R$ 2.944,50 e 11.778,00”.
Imóvel já foi uma farmácia
O imóvel era ocupado por uma farmácia São Bento, e desde 2022, quando a rede fechou as portas aqui em Campo Grande, o terreno ficou inutilizado. O local acabou abrigando pessoas em situação de rua e usuários de drogas, ficando tomando por lixo, restos de comidas e até fezes.
No dia 30 de maio, a equipe da Coordenadoria de Vigilância Ambiental foi até o imóvel, constatou o acúmulo de lixo e risco sanitário, e notificou o proprietário para que realizasse a limpeza e a colocação de tapumes para evitar o acesso dos moradores em situação de rua ao local.
O terreno é particular e, após a farmácia sair do local, uma reforma foi iniciada para instalação de uma concessionária de motos, no entanto, a obra foi embargada e o processo corre na justiça.