Prefeitura quer parceria com governo para câmeras após ataque em escola de Campo Grande

Após episódio de violência, município estuda instalar videomonitoramento para segurança da comunidade escolar

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Sala de videomonitoramento (Henrique Arakaki, Midiamax)

O episódio de violência na Escola Municipal Bernardo Franco Baís acelera a preocupação na instalação de medidas de segurança em unidades escolares do município. O governador Eduardo Riedel (PSDB) informou nesta segunda-feira (21), durante agenda, que conversa com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriotas) sobre a implementação já feita em 298 escolas estaduais.

Ainda não há uma previsão para adesão ao videomonitoramento e nem em quais unidades seriam instaladas. A sinalização da contratação de empresas terceirizadas para o tipo de serviço vem sendo debatida desde abril.

“Foi um caso isolado em um caso municipal [sobre a mãe esfaqueada ao impedir ex-aluno]. Tenho conversado com a prefeita, que quer integrar o sistema de monitoramento. É uma segurança a mais, mas o principal é reforçar a estrutura familiar, é um conjunto de ação que leva ao êxito. Mas o principal é a prevenção”, disse.

Estudante deve ser acompanhado

O garoto de 15 anos que esfaqueou a mãe de um aluno na última quinta-feira (18), em frente à Escola Municipal Bernardo Franco Baís, em Campo Grande, deve passar por exames complementares para saber se ele seria bipolar ou teria TDHA (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade), segundo a advogada da família Fabiana Canteiro.

Ainda segundo a advogada, um outro depoimento especial será marcado nesta semana para o adolescente ser ouvido sobre os supostos abusos sexuais que teria sofrido por três colegas dentro do banheiro da escola, no ano passado. Fabiana afirmou que ainda não teve uma conversa mais detalhada com a mãe do garoto, que está muito abalada com toda a situação. O garoto é filho único.

Ainda nesta semana uma audiência com o juiz deve ocorrer para conhecer sobre o caso e depois outra audiência de continuação deve ser marcada. Até o parecer do juiz, o garoto deve ficar internado na Unei (Unidade Educacional de Internação).

Caso

O ataque teria sido motivado por agressões e estupro ao adolescente. O garoto revelou no depoimento que foi estuprado dentro do banheiro da escola por três alunos, no ano passado, e por isso, teria ido cometer o crime. Uma advogada de 45 anos foi esfaqueada nas costas ao tentar impedir o ex-aluno de entrar na escola com facas.

No dia do ataque, ele entrou na unidade com quatro facas, na intenção de ferir pessoas, mas foi impedido por uma advogada e mãe de aluno. Ele foi encaminhada para Santa Casa, onde passou por procedimentos.

*Com Thatiana Melo.

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