Garoa e problemas mecânicos no caminhão não desanimaram os professores da rede municipal da Capital a continuarem o protesto em direção ao prédio da Prefeitura de .

Os profissionais da Capital saíram da sede do sindicato na manhã desta quarta-feira (26) e se encontraram com os representantes de 79 cidades na . O grupo deve seguir em protesto até o prédio do poder executivo municipal.

O ato faz parte da 24ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da . De acordo com a Semed (Secretaria Municipal de Educação), a participação de cada unidade é facultativa. De acordo com a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), 153 escolas aderiram a paralisação.

As pautas da manifestação envolvem o cumprimento da Lei do Piso Salarial, Plano de Cargo e Carreira, Segurança nas Escolas, Concurso Público, Gestão Democrática e Revogação do Novo Ensino Médio.

De acordo com o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira afirmou que cerca de mil pessoas se concentram na Praça Ary Coelho, de todos os municípios. Até mesmo cidades pequenas, como Douradina, participam do ato com 2 a 4 pessoas.

“Nosso ato é em apoio ao município de Canpo Grande, para mostrar a importância da valorização de um professor em sala de aula, sem o piso há uma desnível absurdo na categoria, principalmente no interior”.

Um grupo de professores veio de com 15 pessoas na Van. “Estamos aqui em uma pauta nacional, somos uma microrregião, então há cargos, mas tem servidor que precisa de empregos, há sobrecarga do trabalho para ter uma remuneração digna”, afirma Alan Francis Silva Oliveira, que trabalha no administrativo de escola estadual.

Daniela Curti, presidente do Sindicato de Educação Pública de São Gabriel do Oeste, afirma que a remuneração salarial do município é melhor que a do Estado.

“A rede municipal cumpre o de 33% e estamos aguardando o estadual, mas hoje há diversas reivindicações que precisam ser aplicadas para a qualidade de vida de um educador”, explica.

Problemas no trânsito

Problemas mecânicos no caminhão que faz a sonorização do protesto dos professores da rede municipal de Campo Grande, nesta quarta-feira (26), atrasou em cerca de 40 minutos o início da manifestação. A concentração dos profissionais na rua à espera do início da marcha e o veículo estacionado geraram um congestionamento na frente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), entre a Rua 7 de Setembro com a Rua Rui Barbosa.

O grupo só conseguiu sair da frente do sindicato sem o apoio do caminhão por volta das 09h40, ou seja, 40 minutos depois do previsto para o protesto que segue até o prédio da da Prefeitura de Campo Grande. Uma das três pistas ficou interditada e veículos passavam buzinando para sair tentar sair da região.

Trânsito na Rua 7 de Setembro ficou complicado nesta manhã. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Durante a concentração na Rua 7 de Setembro nenhuma viatura da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) ou da Polícia de Trânsito compareceu para fazer a organização do fluxo de veículos. Apenas uma viatura da Polícia Militar fazia o monitoramento na região. 

De acordo com o sindicato, a Prefeitura estava ciente da manifestação, porém não enviou a Agetran até o local.

Agentes da Guarda Civil Metropolitana, Batalhão de Trânsito da Polícia Militar e da Agetran fizeram bloqueios somente em alguns pontos já na Avenida Afonso Pena, como no cruzamento da Rui Barbosa e 14 de Julho. No cruzamento com a Avenida Calógeras formou-se uma fila enorme de carros.

Uma das principais pautas do protesto é o reajuste salarial. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

O sindicato usou uma VW Saveiro para ajudar a fazer barulho durante o protesto. O grupo grita frases como “Piso Zero Nunca Mais”. O grupo também fez uma parada na Praça Ary Coelho para se juntar aos outros municípios que vieram em apoio. O caminhão que tinha apresentado problemas mecânicos foi consertado e também entrou na manifestação.

A categoria se juntou à greve nacional da educação que protesta por melhorias nas condições de trabalho e reajuste salarial. A ACP enviou um ofício à Prefeitura informando do protesto. Nesta quarta-feira, mais de 150 escolas municipais estão sem aulas. 

Cidades do interior de Mato Grosso do Sul também realizaram protestos, nesta quarta-feira, como em em que os profissionais pedem reajuste salarial.