A família de Maria Dinalva Gomes Vieira, de 58 anos, transportou a paciente por meios próprios da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) a dois hospitais de Campo Grande, nesta sexta-feira (22), por falta de ambulância.

A filha, Anna Cláudia, conta que a mãe passou por uma cirurgia para retirada de pedra na vesícula na última segunda-feira (18), entretanto, ela passou a enfrentar dores abdominais fortes, sendo levada para a UPA no dia seguinte. Ela diz que ligou para o Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas sem sucesso na transferência.

“Ela já tinha um retorno marcado nesta sexta-feira (22), a UPA liberou ela ir para o São Julião, mas não tinha ambulância. Ficamos aguardando desde cedo. Depois de horas, a UPA liberou ir por meios próprios e levamos, segurando o soro, ela com muitas dores e recém-operada. Lá, o cirurgião disse que ela não estava bem e que precisava ir para um hospital, como lá não atende casos de urgência, tinha que o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Universitário ou a Santa Casa”.

Novamente, a família aguardava mais uma regulação com ambulância, entretanto, enfrentaram mais espera. A família estaria desde a manhã nas unidades de atendimento.

“Faltava uma vaga e conseguimos no HR, só que não tinha ambulância de novo. Minha mãe estava mal, com solda e problemas respiratórios. Ela estava mal a ponto de perder os sentidos por complicações. Como não tinha ambulância, colocamos ela no carro e fomos para o HR”.

Em nota a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), responsável pelo serviço de regulação, informou que atualmente, o Samu está operando com 10 viaturas que são empregadas no atendimento de vítimas de acidentes de trânsito, emergências clínicas e no transporte inter hospitalar de pacientes.

“Em média, o serviço recebe 20 mil ligações e realiza 4 mil atendimentos por mês dos mais variados níveis de complexidade. O tempo de atendimento varia de acordo com a complexidade e gravidade da ocorrência, além da demanda existente. Não há informações detalhadas em relação ao atendimento deste paciente, no entanto, em casos em que o médico avalia que não há riscos, o paciente pode ser liberado para ser transferido por meios próprios, não havendo, desta forma, a necessidade do atendimento do SAMU, mantendo a prioridade para as urgências e emergências”.