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Cotidiano

Falta de medicamento suspende quimioterapia no Hospital Regional de MS

Hospital culpa terceirizada que descumpriu contrato
Gabriel Neves -
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Hospital Regional medicamento médico
Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian, em Campo Grande. (Edemir Rodrigues, Subcom-MS)

A falta de medicamento utilizado em sessões de quimioterapia travou o tratamento de pessoas com câncer no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande. Atualmente, o hospital sofre com a falta do remédio ifosfamida.

Douglas Henrique, de 35 anos, é um dos pacientes afetados pela situação. Ainda no início do ano, o paciente foi diagnosticado com um tumor no joelho esquerdo e precisou realizar uma amputação em março.

Devido ao tumor, Douglas desenvolveu neoplasia maligna (câncer) e precisou iniciar o tratamento de quimioterapia.

Sendo necessários seis ciclos iniciais de internação para as sessões de quimioterapia, o paciente ainda não pode realizar sua quarta sessão pela falta de medicamento.

“O meu quarto ciclo iria iniciar no mês passado, mas um dia antes o departamento de quimioterapia entrou em contato avisando que não iria ocorrer a internação devido à falta de medicamento”, disse o paciente.

Segundo Douglas, outros pacientes passam pelo mesmo problema e não percebem algum esforço do hospital “para ajudar a nós que necessitamos do tratamento, estou pedindo ajuda, pois quero ter a chance de lutar pela vida”.

Empresa deveria fornecer medicamento até o final do mês

Em nota, o Hospital Regional afirma que a falta de medicamento ocorre por descumprimento de contrato por parte da empresa NSA Distribuidora de Medicamentos Eirelli, responsável pela entrega do ifosfamida.

“Desde o mês de julho, a empresa vem sendo notificada sobre o não cumprimento da entrega dos insumos de acordo com o contrato estabelecido”, informou o hospital.

“Nesse período, o hospital utilizou os medicamentos disponíveis em estoque, implementando medidas para garantir a continuidade dos tratamentos aos pacientes”, continuou.

Segundo o hospital, foi instaurado processo administrativo de responsabilização contra a fornecedora. A empresa deve fornecer o lote com o medicamento 25 de setembro de 2023.

A reportagem tentou contato com a empresa responsável, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

*Matéria editada em 25/09/2023, às 10h10, para correção de informação.

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