Transitando de norte a sul e de leste a oeste, os caminhoneiros são parte fundamental para o abastecimento dos municípios, já que são responsáveis por esse serviços. Porém, para cumprir essa importante tarefa, passam por poucas e boas na estrada.

Em Mato Grosso do Sul, segundo dados do RNTR-C (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas), são 12.556 caminhoneiros autônomos cadastrados no Estado. O número de profissionais registrados teve aumento de 7,7% de setembro de 2022 para junho de 2023.

Naquela época, levantamento feito pelo Jornal Midiamax mostrou que 11,6 mil caminhoneiros autônomos estavam registrados no Estado e podiam receber o ‘voucher’ de R$ 1 mil do Governo Federal. Em 9 meses, esse número saltou para os atuais 12,6 mil – uma diferença de 900 motoristas a mais.

Só Campo Grande teve 250 caminhoneiros registrados dentro desse período, saltando de 2.582 para 2.832. Dourados, por exemplo, saiu de 1.292 para 1.384. Nesta sexta-feira (30), Dia do Caminhoneiro, o Jornal Midiamax elenca os desafios enfrentados pela classe em MS.

Caminhoneiro
Dia do Caminhoneiro (Foto: Kísie Ainoã/ Jornal Midiamax)

Saudade da família

Para o registro podem ser apenas números, mas por trás destes 12,6 mil homens e mulheres estão suas famílias. De um lado, os caminhoneiros levando comidas, remédios e itens essenciais de domingo a domingo.

Do outro, esposas, filhos, mães e pais ansiando a chegada dos motoristas. “É difícil”, resume o caminheiro Aguinaldo da Silva, de 59 anos, ao Jornal Midiamax. “É Natal, aniversário, feriado; tudo rodando, mas eles entendem”, diz sobre a família, que mora em Nova Alvorada do Sul.

Aguinaldo segue a profissão do pai e sempre soube como é estar do ‘outro lado da moeda’. “Era um cuidando do outro, mas eu sempre soube que ia ter que ficar longe”, relembra ele, que garante que não larga a profissão.

Falta de segurança e rodovias esburacadas

Dentro de suas cabines, os caminhoneiros precisam enfrentar rodovias em péssimas condições, com buracos, falta de acostamento e sinalização. “Fica perigoso, o risco de acidente aumenta. E também a manutenção do caminhão porque rua esburacada desgasta muito o caminhão”, explica o caminhoneiro Jonatas Coutinho, de 34 anos.

Por conta desses problemas, Jonatas conta que é necessário dirigir mais devagar e, com isso, leva mais tempo para fazer uma entrega. “Tem lugar que a gente já conhece, que os outros caminhoneiros falam que é ruim, então a gente evita”, diz à reportagem.

Outra ponto elencado é o valor das cargas, que muitas vezes chama a atenção de criminosos, sujeitando o motorista a assaltos e saques. Jonatas revela que prefere evitar alguns tipos de carga, já que não tem seguro no caminhão.

Caminhoneiro
Caminhoneiros enfrentam perrengues na estrada (Foto: Kísie Ainoã/ Jornal Midiamax)

Confira baixo o quantitativo de caminhoneiros por cidade:

  • Água Clara: 81
  • Alcinópolis: 25
  • Amambai: 176
  • Anastácio: 113
  • Anaurilândia: 40
  • Angélica: 48
  • Antônio João: 67
  • Aparecida do Taboado: 88
  • Aquidauana: 64
  • Aral Moreira: 52
  • Bandeirantes: 57
  • Bataguassu: 132
  • Batayporã: 63
  • Bela Vista: 51
  • Bodoquena: 17
  • Bonito: 82
  • Brasilândia: 47
  • Caarapó: 228
  • Camapuã: 115
  • Campo Grande: 2.832
  • Caracol: 6
  • Cassilândia: 118
  • Chapadão do Sul: 376
  • Corguinho: 11
  • Coronel Sapucaia: 42
  • Corumbá: 101
  • Costa Rica: 189
  • Coxim: 160
  • Deodápolis: 80
  • Dois Irmãos do Buriti: 16
  • Douradina: 75
  • Dourados: 1.384
  • Eldorado: 156
  • Fátima do Sul: 141
  • Figueirão: 8
  • Glória de Dourados: 53
  • Guia Lopes da Laguna: 55
  • Iguatemi: 90
  • Inocência: 40
  • Itaporã: 204
  • Itaquiraí: 48
  • Ivinhema: 146
  • Japorã: 14
  • Jaraguari: 22
  • Jardim: 134
  • Jateí: 6
  • Juti: 20
  • Ladário: 9
  • Laguna Carapã: 76
  • Maracaju: 325
  • Miranda: 63
  • Mundo Novo: 114
  • Naviraí: 310
  • Nioaque: 29
  • Nova Alvorada do Sul: 120
  • Nova Andradina: 288
  • Novo Horizonte do Sul: 27
  • Paraíso das Águas: 21
  • Paranaíba: 262
  • Paranhos: 22
  • Pedro Gomes: 17
  • Ponta Porã: 561
  • Porto Murtinho: 12
  • Ribas do Rio Pardo: 88
  • Rio Brilhante: 239
  • Rio Negro: 7
  • Rio Verde de Mato Grosso: 84
  • Rochedo: 22
  • Santa Rita do Pardo: 20
  • São Gabriel do Oeste: 260
  • Selvíria: 13
  • Sete Quedas: 118
  • Sidrolândia: 310
  • Sonora: 41
  • Tacuru: 33
  • Taquarussu: 9
  • Terenos: 66
  • Três Lagoas: 887
  • Vicentina: 30