Corridas de aplicativo se mantêm R$ 10 mais caras e não faltam motoristas em dia de protesto
Mesmo em horário de pico, tempo de espera indicado gira a partir de 3 minutos
Clayton Neves –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Em dia de paralisação anunciada por parte dos motoristas de aplicativo de Campo Grande, as corridas se mantêm com valor médio até R$ 10 mais caro que o normal normal. Mesmo em horário de pico, tempo de espera indicado gira a partir de três minutos.
No aplicativo Uber, mensagem anexada pela empresa indica “preços um pouco mais altos que o normal”, no entanto, a situação é comum no horário de fechamento do comércio e de saída de grande parte dos trabalhadores. Ainda assim, os valores de hoje aparecem um pouco mais salgados que o comum.
Em testes feitos pelo Jornal Midiamax, viagem onde o valor normal varia entre R$ 18 e R$ 20, custou R$ 29,94. Em outra, normalmente tabelada entre R$ 23 e R$ 24, a Uber passou a cobrar R$ 34,90.
Nos arredores, diversos carros próximos, com distância a partir de 3 minutos, indicando que a adesão do protesto pode ter perdido força no decorrer do dia, mais precisamente no horário de pico. A reportagem tentou falar com o presidente da APPLIC-MS (Associação de Parceiros de Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motorista Autônomo de Mato do Sul), Paulo Pinheiro, mas não conseguiu contato até o fechamento desta matéria.
Paralisação
A expectativa inicial do presidente da APPLIC-MS, Paulo Pinheiro, era de que dos 7 mil profissionais da Capital, pelo menos metade deixasse de rodar total ou parcialmente. Além de Campo Grande, outras cidades do interior também prometeram participar da paralisação.
A recomendação é que os motoristas paralisem nos horários de maior movimento para que as plataformas sintam o impacto da manifestação. “As operadoras jogam pesado e sujo com os motoristas fazendo promoções quando veem que o faturamento está caindo”, aponta.
Por que os motoristas de aplicativo de Campo Grande irão paralisar?
Na pauta de reivindicações da categoria está o valor repassado pelas plataformas aos motoristas. Conforme explica Paulo Pinheiro, o desconto que é cobrado por corrida é de 25%, porém pode chegar a até 37% em alguns casos, como nos preços dinâmicos em dias de chuva.
Na avaliação do presidente da associação, o valor é abusivo já que não é reajustado desde 2016, diferente dos custos de manutenção do carro que cresceram no mesmo período.
“Não tem como trabalhar com despesas de locação de aluguel que é alto. Hoje temos carros particulares que cobram caução mais o valor da semana, então para começar o motorista precisa desembolsar R$ 1,2 mil. Perderam totalmente a noção sobre o que é trabalhar com o transporte de passageiros”, ele expõe.
O alto valor cobrado pelas locadoras de automóveis é outro ponto da pauta de reivindicações dos motoristas. “É surreal pagar R$ 3 mil para andar cinco mil quilômetros por mês”, observa.
Entre os custos que os motoristas de aplicativos precisam arcar estão IPVA, plano de dados móveis de internet, manutenção do carro e gasolina. Diante disso, a categoria reivindica que o desconto aos motoristas de Campo Grande seja reduzido para 12% a 15% por corrida.
Além disso, a APPIC também reivindica da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) a instalação de mais pontos de embarques e desembarques em Campo Grande para evitar multas aos motoristas.
Por fim, a categoria pede a colocação de pontos fixos em rodoviárias de todo país para “acabar com a briga” com os taxistas. “É uma reivindicação a nível nacional”, frisa Paulo Pinheiro.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Projetos ‘chaves’ para 2025, reforma administrativa e LOA foram aprovadas pelos vereadores durante a semana
Vereadores de Campo Grande aprovaram orçamento de R$ 6,8 bilhões para próximo ano
Mulher é transferida para a Santa Casa de Campo Grande após ser agredida com golpes de facão no interior
Caso é investigado como tentativa de feminicídio na tarde desse sábado (14)
Um ano após assassinato de Cícero no Natal em Campo Grande, suspeita ainda não foi localizada
Crime ainda não teve respostas e MP deu prazo até final deste mês para investigação da polícia
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.