Ao navegar na internet, você provavelmente já se deparou com o aviso “nosso site usa cookies para melhorar a navegação”. Mas afinal, o que são cookies? Esses elementos podem ser benéficos ou prejudiciais aos usuários?

Para entender melhor como os cookies funcionam, é preciso diferenciá-los do cache do navegador que, apesar de ter funções parecidas, tem as suas distinções. Os cookies são dados de navegação arquivados pelo site no momento em que você o visita. Essas informações identificam o visitante, e personaliza a página de acordo com seu perfil.

Já o cache do navegador, armazena elementos da página acessada pela primeira vez, facilitando o carregamento posterior. Segundo o engenheiro de software, Augusto Joffer, ao acessar um site pela segunda vez, é possível notar que as informações carregam com mais velocidade do que na primeira vez, isso é possível através do cache do site.

“Quando você visita um site, seu navegador salva cópias temporárias de imagem, scripts, que é a programação do site, e outros elementos da página do computador. Na próxima vez que você acessar aquele link ou aquele mesmo site, ao invés de baixar tudo de novo, o navegador verifica o que já foi baixado e apresenta a página mais rápida para você”, explica.

Esse mesmo sistema se aplica diferente para redes sociais, que possui um conteúdo mais dinâmico, com novas postagens, imagens e comentários, necessitando um novo download das informações, a cada vez que o ‘feed’ é atualizado.

Benefícios no e-commerce e economia de dados

Em relação ao cache do site, o maior benefício oferecido ao usuário é a velocidade de carregamento da página, que gera uma economia de dados, tanto móveis quanto Wi-Fi. Isso tudo acarreta uma boa experiência para o usuário, já que garante uma economia de tempo.

Os cookies são muito vantajoso em casos de navegação em sites de compras online, pois a cada produto visualizado e escolhido, o site retém as informações, mesmo o usuário mudando de página. Além disso, é possível enviar anúncios personalizados para os usuários devido à capacidade dos cookies de preservar dados, conforme histórico de pesquisas anteriores.

Em casos de cadastros, onde o usuário precisa colocar seus dados pessoais, os cookies também são úteis, pois em situações que a página precisa ser recarregada, por exemplo, os dados salvos podem ser recuperados e não precisam ser digitados novamente.

Privacidade e lei de proteção de dados

Apesar de oferecer os benefícios de velocidade e preservação de dados úteis para uma boa experiência de compra online, os cookies podem ferir a privacidade de quem navega pela internet, pois capta informações sensíveis dos usuários, como senhas de login, dados bancários, e informações de endereço.

Conforme a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), Lei nº 13.709/2018, cada empresa ou órgão público é responsável pela boa gestão dos dados pessoais na internet. São responsáveis, ainda, por explicar quais dados está coletando e como eles serão usados, podendo sofrer penalidades caso ocorra vazamento das informações.

Em outubro deste ano, a Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de MS) criou um Comitê Permanente de Proteção de Dados Pessoais, que tem como objetivo definir estratégias e formular diretrizes para a gestão e proteção de dados pessoais, e propor a sua regulamentação, quando necessário.