A Sesau (Secretária Municipal de Saúde) está com 15 USFs (Unidades de Saúde da Família) referenciadas para atender sem agendamento, em Campo Grande. A liberação ocorre no meio de um surto de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).

O secretário de saúde de Campo Grande, Sandro Benites, ressaltou, na tarde desta segunda-feira (10), que essas unidades também atendem pessoas com suspeita de dengue. Clique aqui e confira as unidades disponíveis.

“Não é para procurar essas 15 unidades que a Sesau disponibilizou somente para casos de vírus respiratório, em caso dengue vc tem 15 unidades de pronto atendimento onde nós não estamos tendo agendamento, apenas procura por demanda instantânea, onde tem médicos especialistas, aptos para estar atendendo tanto a dengue quando a síndrome respiratória”, disse o secretário.

Tanto crianças, como adultos podem procurar o serviço. Campo Grande enfrenta uma epidemia de doenças respiratórias, que atingem principalmente as crianças. A classificação da crise que lota unidades de saúde, hospitais da rede pública e até privada em epidemia foi feita pelo secretário.

“Já estamos tendo campanhas e tratativas envolvendo a comunidade, a secretaria municipal de educação, o exército, a aeronáutica, os bombeiros, a policia militar. Nós estamos vivendo uma epidemia de dengue, de fato”, explicou ele.

Secretário Municipal de Saúde, Sandro Benites (Foto: Kísie Ainoã/Jornal Midiamax)

Aumento da SRAG

As SRAG, que têm causado aumento na demanda por internações de crianças, fez três vítimas fatais em Campo Grande somente este ano. De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), um adulto e três bebês com menor de um ano morreram em decorrência de doenças respiratórias.

No domingo (09), 20 crianças com doenças respiratórias aguardavam vaga em hospitais. No fim de março, o Jornal Midiamax noticiou que a média diária era de 50 crianças aguardando leito hospitalar.

Em crianças, principalmente abaixo de um ano, as síndromes respiratórias demandam internação urgente, devido ao alto risco de morte.

São diversos os relatos de pais desesperados com crianças de meses de vida, aguardando leitos hospitalares, em Upas que proporcionam atendimento improvisado.