USFs (Unidades de saúde da família) estão sendo referenciadas para realizar o atendimento de pacientes que apresentem casos leves de síndromes respiratórias, dengue e outras Arboviores. Tanto crianças, como adultos podem procurar o serviço.

Campo Grande enfrenta uma epidemia de doenças respiratórias, que atingem principalmente as crianças. A classificação da crise que lota unidades de saúde, hospitais da rede pública e até privada em epidemia foi feita pelo secretário municipal de saúde, Sandro Benites.

A medida de liberar o atendimento nas USFs visa desafogar as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde) e assegurar a assistência adequada ao paciente.

Atualmente, mais de 60% do volume de atendimento das unidades de urgência e emergência são de pacientes classificados como azul e verde, ou seja, de menor gravidade e que poderiam ser atendidos na Atenção Primária.

Evitar longas esperas

“Neste momento, estamos passando por um surto de doenças respiratórias e de dengue em nossa cidade e isso fez com que a demanda das unidades de urgência aumentassem em mais de 30%. Desta forma, a recomendação é de que a população busque atendimento nas unidades básicas e de saúde da família, evitando assim longas esperas por atendimento”, explica o secretário.

Diante deste cenário, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) referenciou 15 unidades espalhadas pelas seis regiões urbanas, que funcionarão em horário estendido para atender os pacientes de menor gravidade nas referidas condições clínicas, sem a necessidade de agendamento.

Confira:

  • Clínica da Família Iracy Coelho
  • Clínica da Família Portal Caiobá
  • Clínica da Família Nova Lima
  • USF Batistão
  • USF Coophavila
  • USF Itamaracá
  • USF Noroeste
  • USF Jardim Presidente
  • USF Moreninha
  • USF Oliveira
  • USF Paulo Coelho Machado
  • USF Santa Emília
  • USF Serradinho
  • USF Tiradentes
  • USF Vida Nova

O atendimento é realizado de 7h às 19h nas unidades citadas. Elas contam com médicos generalistas e especialistas em medicina da família e comunidade que estão aptos a fazer o atendimento de pacientes de todas as faixa-etárias.

As outras 59 unidades básicas e de saúde da família do município devem manter os atendimentos às demandas espontâneas e programadas, de acordo com a organização de cada uma.

Alerta para bebês de até 6 meses

O secretário de saúde também fez um alerta para pais de bebês de até 6 meses de idade. Segundo ele, no fim de semana foram constatados casos graves em muitos bebês com sintomas de doenças respiratórias. A situação atinge até crianças com poucos dias de vida.

Diante do problema, Sandro Benites fez apelo para que pais evitem expor bebês de até 6 meses em locais com alto fluxo de pessoas. E que em caso de crianças que frequentem escola, que os pais mantenham os alunos com sintomas de doenças respiratórias até 3 dias em casa.

“Eu quero fazer um alerta para pais de bebês abaixo de 1 ano, pelo menos bebês de até seis meses, evitem sair de casa. Não é hora de ficar passeando e fazendo visita, vamos proteger. Sempre utilizar máscara. Vamos voltar a proteger nossos bebês porque estamos vivenciando uma epidemia e já tivemos óbitos”, disse o secretário.

Dengue também causa epidemia em Campo Grande

Além do surto de doenças respiratórias, Campo Grande também enfrenta uma epidemia de dengue. Em todo o Mato Grosso do Sul, são mais de 20 mil casos em apenas três meses.

A morte da criança de 3 anos, ocorrida na semana passada, que era suspeita de ter sido causada por dengue, foi confirmada pelo secretário Sandro Benites.

Para conter o avanço da doença, a Sesau afirma que vai intensificar mutirões e firmar parceria com as Forças Armadas, com objetivo de conscientizar e incentivar a população para que limpem casas e terrenos e diminuam os focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti.

“Essa semana iremos fechar parceria com a Aeronáutica e queremos fazer com que a população limpe a casa”.