Após ser esfaqueado em assalto, motorista de aplicativo luta para conseguir seguro em Campo Grande
O morador entrou na Justiça para conseguir receber o valor de R$ 100 mil previsto na cobertura
Mariane Chianezi –
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Um motorista de aplicativo, de 45 anos, busca na Justiça conseguir seguro de R$ 100 mil de empresa de mobilidade após ser assaltado e esfaqueado durante corrida, em Campo Grande.
Em 14 de novembro de 2021, o motorista atendeu o pedido de corrida por volta das 22h40 com destino ao bairro Centro-Oeste. Quatro passageiros entraram no carro e, durante o trajeto, anunciaram o assalto e o esfaquearam três vezes, no antebraço direito, braço direito e dedão direito. O Jornal Midiamax noticiou o crime na época.
Um dos golpes chegou a passar próximo ao pescoço e fez com que criminosos acreditassem tê-lo ferido gravemente. Segundo o boletim de ocorrência registrado na época, o motorista ouviu um dos suspeitos falarem para “deixá-lo morrer ali”.
Após atendimento médico, foi constatado que o homem teve perda de força e mobilidade permanente nos locais atingidos pelos golpes, o impedindo de retornar ao serviço que desempenhava.
Conforme ação protocolada na 14ª Vara Cível de Campo Grande, o motorista havia adquirido um seguro da empresa, que previa cobertura de até R$ 100 mil para caso de morte acidental ou invalidez permanente total ou parcial, além de R$ 10 mil para despesas médica, hospitalar e odontológica. Valor que ainda não foi coberto.
“Cumpre salientar que mesmo com a realização de todos os tratamentos necessários, o autor não retornou a seu estado a quo, encontrando-se incapacitado. […] diante da gravidade e da não melhora de suas lesões, foi constatada sua limitação, isto porque, verificou-se que as sequelas são permanentes e não há outros tratamentos capazes de revertê-las”, diz trecho da petição.
A ação pede a cobrança integral do valor do seguro, diante da invalidez permanente do motorista adquirida durante a validade do seguro no período em que atendia pela plataforma. O advogado do motorista, Marcus Vinícius Rodrigues Luz, disse à reportagem que a ação é somente para receber o valor do seguro e cobrir as despesas do morador.
Ainda não citada no processo, a 99 não se manifestou aos autos. A reportagem procurou a empresa questionando sobre a cobertura do seguro, mas até o fechando do material, não havia se posicionado. O espaço segue em aberto para manifestação da empresa.
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