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Cotidiano

Após denúncia em MS, empresa de engenharia irá pagar retorno de 150 trabalhadores para casa

Maioria dos trabalhadores saiu de estados localizados nas regiões Norte e Nordeste do Brasil
Fábio Oruê -
trabalhadores
Trabalhadores esperam mais de 20 dias (Foto: Divulgação/Sinticop-MS)

Os 150 trabalhadores que foram reprovados no seleção da empresa Enesa Engenharia S/A, em , vão ter o custeio da volta para as cidades de origem fornecidos para empresa, após denúncia do sindicato.

Audiência de conciliação no Ministério Público do Trabalho em definiu que transporte de avião até o aeroporto de destino do trabalhador. Caso o ele more em outra cidade, a Enesa também arcará com a despesa do transporte terrestre até o município, acrescido o custeio da alimentação nas hipóteses estabelecidas em norma coletiva.

Pelo acordo, representantes da empresa e de dois sindicatos envolvidos nas negociações trabalhistas deverão elaborar, em até 48 horas, uma lista com a relação dos profissionais reprovados nos testes práticos de solda aplicados pela empresa.

No relatório deve constar o valor do para o qual o trabalhador havia se cadastrado no aplicativo da empresa – para fins de aferição da correspondente ao número de dias entre a vinda e o efetivo retorno, bem como data do embarque no município de origem, data de chegada a Campo Grande e data prevista para o regresso.

Na audiência, o representante da empresa informou que a maior parte dos trabalhadores recebeu R$ 800 para custeio do retorno. Neste caso, o MPT decidiu que essa quantia será compensada do montante devido a cada profissional e, na possibilidade de o valor já ter sido total ou parcialmente aplicado na compra de passagens, estas poderão ser entregues à empresa para que busque eventual ressarcimento junto à companhia de transporte.

Hotel

Além do impasse envolvendo o retorno às cidades de origem, os trabalhadores informaram que o hotel onde estavam hospedados não oferecia cobertores e a alimentação era precária. Eles revelaram, ainda, sentirem-se coagidos em decorrência da manifestação de um coordenador da empresa, o qual teria dito que entenderia de metralhadora e fuzil, quando questionado sobre o elevado índice de reprovação no teste de solda.

Para solucionar a questão, foi determinado na audiência que a Enesa Engenharia remova todos os trabalhadores do atual hotel para outro próximo ao Aeroporto Internacional de Campo Grande. E, não havendo segurança privada no local de destino, os sindicatos providenciarão o monitoramento de segurança por meio de agentes da sua confiança, com posterior custeio pela empresa.

A Enesa Engenharia S/A ainda se comprometeu a não fornecer à tomadora de serviços Suzano – e a outras empresas – qualquer lista de trabalhadores que possa ser utilizada com o intuito de restringir futuro acesso a emprego junto às obras das companhias.

Acordo Coletivo

Por fim, a empresa deverá examinar, no prazo de 15 dias, eventual interesse em firmar termo aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho 2023/2024, prevendo a exclusão dos dispositivos considerados ilegítimos pelo MPT.

Se houver concordância com a proposta, o instrumento deverá ser protocolado junto ao sistema Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego, em até 20 dias.

Denúncia

A maioria dos profissionais saiu de estados localizados nas regiões Norte e do país para trabalhar na construção da fábrica de celulose da Suzano, em Ribas.

Eles afirmaram que a companhia recruta os trabalhadores de maneira on-line, financia o deslocamento aéreo até Mato Grosso do Sul e, ao serem reprovados no teste de solda, são retirados do alojamento temporário e obrigados a voltar à origem por meio de transporte diverso.

Pelo menos 150 trabalhadores teriam ficado, de maneira rotativa, quase 20 dias aguardando a resposta dos testes ou esperando o fornecimento de passagem para o retorno.

Resposta

Em nota, a empresa justificou que existe uma exigência de segurança que impacta diretamente na avaliação do trabalho apresentado e aprovação dele.

“Para aprovação de um candidato se faz necessário o acompanhamento dos testes laboratoriais realizados em corpos de prova. Até o resultado destes testes, hospedamos os candidatos com todas as condições cabíveis de habitação, alimentação e recursos para atendimento de suas necessidades básicas. Caso o candidato reprove na realização dos testes, conduzimos os mesmos para retorno a sua cidade de origem e realizamos o pagamento de suas despesas de acordo com o ACT 2023/2024 vigente”, disse.

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