A pequena Maria Helena, de oito anos, finalmente recebeu alta para se recuperar em casa. A menina ficou 73 dias internada na Santa Casa de Campo Grande após sofrer queimaduras graves durante uma festa de casamento, quando vestido pegou fogo próximo ao buffet, em Dourados, a 223 quilômetros da Capital.

O hospital compartilhou nesta sexta-feira (20) parte da história de vitória na recuperação da paciente que chegou a ficar intubada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Na saída da unidade, familiares e a equipe médica a homenagearam com apresentação de música ao vivo, cartazes e balões.

Maria estava internada desde o acidente, no dia 5 de novembro do ano passado. A família contou que a criança foi se servir no buffet quando “alguma forma, que a gente não consegue compreender, pegou fogo no vestido dela”, explica o pai e advogado Cleber Paulino de Castro.

Nova rotina

As pressas, os convidados ajudaram nos primeiros socorros e a levaram para atendimento na região, mas ela precisou ser transferida para Capital devido à gravidade das queimaduras. Desde então, a família trocou a rotina para idas e vindas a Campo Grande, passando Natal e Ano Novo no hospital.

“Nossa filha chegou aqui bem e consciente e de repente perdeu a consciência e a capacidade de respiração. Foi para UTI, ficou seis dias intubada e teve que fazer um enxerto de pele porque a queimadura era grande. Então, a gente viveu dias muito difíceis aqui”, relembra Cleber.

“Para uma criança vivenciar tudo o que aconteceu é difícil, por isso eu agradeço, muito, a toda equipe mesmo. Não foi o acolhimento só de um grupo, envolve todos os profissionais, desde a hora que a gente entra no hospital, até chegar aqui. Quando o doutor vinha do procedimento no Centro Cirúrgico com aquele sorriso dava um alívio muito gostoso”, disse a mãe e professora Cátia Regina Moura de Castro.

A saída do hospital para continuar o tratamento em casa foi ao som do músico João Paulo Pompeu, na voz e violão, além de cartazes, balões e a presença de familiares. “Estamos saindo da Santa Casa e vamos vivenciar uma nova fase, com os retornos no ambulatório, porque o tratamento continua. Mas nos sentimos muito felizes e aliviados em poder ir embora com a nossa princesa bem”, comenta a mãe. “Graças a Deus a Santa Casa possui profissionais muito bons e acolhedores, que nos trataram com tanto carinho que dava muita segurança para a gente”, finaliza o pai.