Antes do veredito, após nove horas de julgamento do jovem acusado de matar a própria mãe, em Nova Andradina, a 297 quilômetros de Campo Grande, a juíza da vara criminal, Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira, fez uma breve pausa para dizer que ficou emocionada com a presença dos pais. O casal de idosos chegou no momento da tréplica, permaneceu em silêncio e, em seguida, sentou ali na frente para acompanhar o trabalho da filha.
Como se tratava de um júri popular, o conselho de jurados se reuniu para dar os votos, momento em que a magistrada se levantou, pediu a todos que saíssem por cerca de meia hora e viu os pais, dizendo: “É uma honra ter os meus pais aqui. Quem sou hoje e onde estou devo a vocês. Muito obrigada”, disse no plenário.
Ao final do julgamento histórico, em que Matheus Gabriel Gonçalves dos Santos, de 20 anos, foi condenado a 20 anos, 5 meses e 11 dias de prisão por assassinar a mãe, Marta Gouveia dos Santos, de 37 anos, com 30 facadas, a juíza conversou com a reportagem do Jornal Midiamax.
Segundo Cristina, o pai tem 81 anos e a mãe, 75. “Eu sou juíza há 18 anos e hoje estou tendo a honra de ter os meus pais aqui me assistindo. Na cidade de Nova Andradina, estou há cinco anos e é a primeira vez que conto com a presença deles aqui. O meu pai se emocionou e eu fiquei muito emocionada também”, afirmou.
De acordo com a juíza, o pai faz tratamento oncológico e ela o acompanha em todos os momentos possíveis. “Eles estarem aqui foi algo bem forte. Ficaram ali presentes no julgamento, sentaram ali e eu fiquei emocionada”, argumentou.
Julgamento histórico em Nova Andradina
Para os nova-andradinenses, que aguardavam por Justiça, este foi um julgamento histórico. Depois de 9 horas, houve a sentença por volta das 17h dessa quinta-feira (28).
O jovem, que nunca admitiu o crime ocorrido em janeiro de 2023, recebeu a condenação sem esboçar nenhuma reação. Ele então retornou sob escolta para a PED (Penitenciária Estadual de Dourados).
Veja a cobertura do Jornal Midiamax sobre o julgamento:
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