Aldeia onde famílias vivem sem escola e água potável é alvo de ‘batida’ da Justiça Federal de MS

Atualmente, cerca de 500 famílias vivem na área de retomada indígena em Japorã

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Lideranças da aldeia reunidas na manhã desta quarta-feira. (Cimi/ Reprodução)

Após denúncia de atendimento de saúde precário e até falta de abastecimento de água potável, equipe da Justiça Federal de Naviraí realiza inspeção judicial no território indígena Guarani e Kaiowá de Ivy Katu, em Japorã, durante a manhã desta quarta-feira (5). Atualmente, cerca de 500 famílias vivem na área de retomada indígena. 

De acordo com representantes do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), que também acompanha a visita, além da condição insalubre compartilhada pelos indígenas, equipe ainda fiscaliza o fechamento da escola que atendia a aldeia e o arrendamento de terras.

Em imagens feitas no local na manhã de hoje é possível ver a movimentação durante a inspeção. “O local que seria a escola que não está funcionando, o posto de saúde que se ocupou onde era a escola estão sendo arrendadas”, comenta representante do Cimi.

Além da falta de estrutura, a área indígena de Japorã também lida com a insegurança. Em dezembro, indígena de 67 anos, identificada como Estela Vera, foi morta a tiros após dois homens encapuzados invadirem sua residência, na Aldeia Porto Lindo. A vítima foi morta na frente do filho, que conseguiu fugir dos atiradores.

Em março, o Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, autorizou a Força Nacional a vir para Mato Grosso do Sul para apoiar a Polícia Federal nas ações que acontecem nas aldeias indígenas e na região da fronteira. A ordem abrangia sete municípios, incluindo Eldorado, Iguatemi, Itaquiraí, Japorã, Juti, Mundo Novo e Naviraí, na fronteira seca de Mato Grosso do Sul com Paraguai.

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