Agereg formaliza reajuste e aumento da tarifa de ônibus depende de publicação da prefeitura

Expectativa é que passagem custe entre R$ 4,65 e R$ 4,80

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
onibus campo grande
Transporte público em Campo Grande (imagem Ilustrativa, arquivo Midiamax)

Passageiros do transporte coletivo ainda estão no aguardo da divulgação do novo valor da passagem. Nesta segunda-feira (23), o diretor-presidente da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), Odilon de Oliveira Junior, informou ao Jornal Midiamax que a ata de estudo da tarifa técnica já foi entregue à prefeita Adriane Lopes (Patriota), que deve ‘bater o martelo’ sobre o novo valor.

“Fizemos a comunicação ao GAPRE (Gabinete da Prefeitura) na sexta-feira (20) de tarde, quase no final do expediente”, disse. A publicação não foi feita na edição do Diário Oficial de Campo Grande desta manhã. Segundo Odilon, a definição do aumento depende da prefeitura, portanto, não há uma previsão para confirmação de qual será o valor a ser pago pelos passageiros este ano.

Desde a última reunião entre o município e o Consórcio Guaicurus, na quinta-feira (19), foi determinado previamente o valor técnico de R$ 5,80. Segundo a Agereg, o reajuste atinge limite do teto, porém, o cidadão deve pagar entre R$ 4,65 e R$ 4,80.

O valor mais baixo para os passageiros acontece por negociações para isenção da tarifa, entre elas desoneração de impostos e aportes feitos pelo Governo do Estado, por exemplo.

Para que o novo valor da tarifa seja definido, Adriane disse durante audiência de conciliação com empresários e trabalhadores da categoria, na quarta-feira (18), que ainda aguarda o valor do subsídio do Governo do Estado para aporte do passe estudantil dos alunos da rede estadual. O valor, que em junho foi de R$ 7 milhões, deverá ser definido conforme o número de alunos matriculados.

Reajuste impacta acordos trabalhistas

O Consórcio Guaicurus informou na reunião que, após a definição da tarifa, “fará esforço possível” para que possam trabalhar na possibilidade na demanda dos motoristas, que pedem reajuste salarial.

Na sexta-feira, o STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) e representantes do consórcio definiram o reajuste salarial em 10% e outros benefícios da categoria.

Com o acordo, a greve prevista para o sábado (21) foi suspensa. “A proposta ficou em 8% de imediato a partir do aumento da tarifa, mais 1% a partir de junho, e mais 1% a partir de setembro. Fechando 10%. O PL se manteve, o vale gás se manteve como está, e o ticket alimentação aumentou de R$ 150 para R$ 200”, disse o diretor financeiro do sindicato, Willian Alves.