Acadêmica de pedagogia denuncia caso de racismo e violência física na UFMS
Segundo a denúncia, a jovem foi impedida de participar de um evento da universidade sob a alegação de que “aquele não era seu lugar”
Lethycia Anjos –
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Uma estudante do curso de pedagogia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) denunciou um caso de racismo ocorrido na última quinta-feira (5) nas dependências da instituição. Segundo a denúncia, a jovem foi impedida de participar de um evento da universidade sob a alegação de que “aquele não era seu lugar”.
Conforme o Neab (Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UFMS), a estudante participava do Encontro Internacional da Zicosur (Zona de Integração Centro-Oeste Sul-Americana), quando foi abordada por quatro pessoas brancas, que afirmaram fazer parte da Reitoria da Universidade e disseram que aquele “não era o lugar da estudante”, que é negra e usava tranças afro.
A jovem foi impedida de participar do coffee break por um cordão de isolamento formado por algumas mulheres, enquanto outra tentou retirá-la do espaço por meio de violência física.
Apesar do racismo sofrido, a acadêmica não se intimidou e, na sexta-feira (6), resolveu se manifestar com um cartaz denunciando o caso em frente ao auditório onde o evento estava ocorrendo. No entanto, conforme a denúncia, a jovem foi impedida de manter seu protesto. A manifestação da estudante recebeu apoio de outros grupos de estudantes que também criticaram a atitude racista e demonstraram solidariedade.
A estudante relata que está mobilizando esforços para identificar as pessoas envolvidas e que o pró-reitor de Assistência Estudantil está acompanhando o caso.
Procurado pelo Ministério Público, o Neab relatou os fatos ocorridos e solicitou que o caso seja acompanhado e que medidas sejam adotadas com urgência para coibir o racismo dentro da instituição.
“A incidência dos conflitos raciais que assolam nossa população e impedem o reconhecimento da pessoa humana em detrimento de sua cor, raça ou pertencimento social não pode mais ser tolerada. Considerando que esse fato é reincidente”, destaca a nota.
Ainda conforme o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros, a acadêmica está abalada com o que ocorreu e até o momento não teve nenhum apoio institucional.
A reportagem procurou a UFMS para se pronunciar sobre o caso, mas não recebeu resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto para manifestação.
Crime
Racismo é um crime hediondo e inafiançável. A Lei 7.716/1989 estabelece reclusão de dois a cinco anos, além de multa, para quem o pratica. Já a Lei 4.532/2023 equipara o crime de injúria racial ao de racismo, passando à mesma pena e impossibilidade de fiança e prescrição.
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