A cratera que se formou após temporal no dia 4 de janeiro não para de crescer. Agora, o buraco aumentou e chegou até a ciclovia da avenida Filinto Muller, em frente ao Lago do Amor, em Campo Grande.

Além de causar transtornos a motoristas que precisam trafegar pela via, o buraco também afeta o bolso de quem aproveita o movimento do local para lucrar. É o caso do ambulante José Carlos Monteiro, de 57 anos.

“Depois que abriu o buraco, a cada chuva cai mais um pouquinho”, analisou, referindo-se ao asfalto da avenida.

O vendedor depende do movimento da via, já que todo a freguesia é de motoristas que estão voltando do trabalho e param para comprar com ele. “Estou perdendo vendas, já que perco metade do fluxo que antes comprava”, lamenta.

Além disso, motociclistas e até motoristas se arriscam avançando sobre área interditada pela prefeitura, inclusive próximo ao buraco. O ambulante relata que já presenciou acidente nos últimos dias.

(Foto: Kísie Ainoã / Midiamax)

Alagamento no Lago do Amor

O Lago do Amor transbordou durante fortes chuvas sobre Campo Grande nos últimos dois meses.

Alagamentos na região não eram comuns, mas este é o segundo registrado este ano. No dia 4 de janeiro, forte chuva inundou completamente o trecho do Lago do Amor, resultando no desmoronamento de parte da passarela lateral de um lado da via.

Atraso nas obras

Dois meses depois dos danos na região, a prefeitura de Campo Grande ainda não contratou empresa para iniciar as obras de recuperação. O projeto está pronto e estima gastos de R$ 3,842 milhões para reconstruir o trecho destruído.

Não há data para início e nem término previsto das obras. Em nota, a prefeitura afirma que o processo foi encaminhado para a Secomp (Secretaria-Executiva de Compras Governamentais) para contratação da empresa que vai realizar os serviços.

A contratação deve ser em caráter emergencial, com dispensa de licitação.