A perícia no prédio incendiado, na região central de Campo Grande, nessa quarta-feira (9), apontou que o fogo começou na sala do apartamento do 6° andar. Na ocasião, um idoso de 73 anos estava sozinho e, após inalar fumaça, foi socorrido em estado grave e levado intubado para a Santa Casa. Além dele, outras cinco pessoas ficaram feridas e os bombeiros realizaram os primeiros socorros ainda no local. Veja vídeo do interior do prédio no final da matéria.

O trabalho se estendeu no decorrer da noite e, nesta manhã (10), equipes retornaram ao local para fazer uma vistoria. Ao Jornal Midiamax o coronel Atemison Barros disse que, no momento do incêndio, 30 homens e 10 viaturas foram posicionados para evacuarem cerca de 150 pessoas do prédio, localizado na rua 15 de novembro, entre a rua 14 de julho e a avenida Calógeras. 

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Coronel faz balanço do incêndio.
Foto: Henrique Arakaki/Midiamax

“Nós averiguamos que o prédio tem de 30 a 40 anos e o incêndio ocorreu no 6° andar. Ainda não se sabe a origem do fogo, só que começou na sala. O idoso mora lá com o filho, mas estava sozinho na hora. O fogo, infelizmente, rapidamente tomou conta de todos os cômodos. O fez uma vistoria e notificou o prédio no que precisa ser melhorado. A porta corta-fogo, por exemplo, estava em manutenção e a fumaça se propagou pela escada”, explicou o coronel.

Sobre o prédio, os militares apontaram que ele não tem alvará. “É um prédio antigo, tanto que foi feito 15 anos do primeiro Código de Incêndio que temos por aqui e aí sabemos da dificuldade para se regularizar, mas, houve a notificação”, comentou Barros. 

Houve momentos de pânico, diz funcionário do prédio

Um funcionário do prédio, de 55 anos, e que prefere não se identificar, disse que estava no momento dos fatos. “A noite foi tranquila, só que alguns moradores ficaram assustados. Houve momentos de pânico, só que muitos já voltaram à rotina normal. Tem morador dizendo que o cheiro de fumaça ainda é muito forte, mas, fora isso, está tudo normal, apesar de que, por enquanto, todos estão usando a escada porque o elevador não está funcionando”, argumentou. 

A síndica do prédio, Sel Barros, fala que mora no andar de cima do apartamento incendiado. “Alguns moradores preferiram dormir fora de casa devido à fumaça e eu fui um deles, inclusive. Preferi ir para casa de parentes, porque o cheiro de fumaça impregnou nas roupas, mesmo dentro do guarda-roupas”, lamentou.