A varíola dos macacos, a Monkeypox, teve um aumento de seis pacientes no número de casos suspeitos em Mato Grosso do Sul. Na última semana, eram 36 casos em análise, agora são 42 exames esperando por resultado. MS segue com 139 confirmações.

Conforme o boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), os últimos casos confirmados foram registrados em Campo Grande (3 casos), Dourados (1) e Ponta Porã (1).

Ainda segundo o boletim, no total são 230 casos descartados. Campo Grande segue sendo a cidade com maior número de infectados, sendo 101 casos. Em seguida, aparecem as cidades de Dourados (16), Aquidauana e Três Lagoas, com 4 moradores doentes cada.

Varíola dos macacos em MS

O primeiro caso confirmado da doença no Brasil foi em 8 de junho. Em Mato Grosso do Sul, a confirmação do primeiro infectado foi mais de um mês depois, no dia 15 de julho, em Campo Grande.

Vacina da varíola dos macacos

O Brasil recebeu no dia 4 de outubro a remessa com 9,8 mil doses da vacina para a varíola dos macacos. De acordo com o Ministério da Saúde, os imunizantes serão utilizados para a realização de estudos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Conforme a SES, Mato Grosso do Sul não recebeu nenhuma dessas doses e, para o Brasil, está prevista mais uma remessa para o final de 2022.

“É importante ressaltar que as vacinas são seguras e atualmente são utilizadas contra a varíola humana ou varíola comum. Por isso, o estudo pretende gerar evidências sobre efetividade, imunogenicidade e segurança da vacina contra a varíola dos macacos e, assim, orientar a decisão dos gestores”, informou a pasta.

A coordenação da pesquisa ficará a cargo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com o apoio da OMS e financiamento do ministério. O estudo foi discutido pela pasta, em conjunto com a Opas, pesquisadores e especialistas da área.

“O objetivo é avaliar a efetividade da vacina Jynneos/MVA-BN contra a varíola dos macacos na população brasileira. Ou seja, se a vacina reduz a incidência da doença e a progressão à doença grave. A população-alvo do estudo será formada por pessoas mais afetadas e com maior risco para a doença”, detalhou o ministério ao informar que inicialmente os grupos a serem vacinados serão de pessoas que tiveram contato prolongado com doentes diagnosticados ou em tratamento com antirretroviral para HIV.

Ainda segundo o ministério, em breve serão divulgados quais centros de pesquisa serão incluídos “considerando as cidades com elevados números de casos confirmados da doença e a infraestrutura disponível para a condução do estudo”.