Ainda na fase de desenvolvimento, inclusive do sistema imunológico, crianças estão mais propensas a desenvolver sinais e sintomas mais graves da varíola dos macacos que em adolescentes e adultos. A conclusão foi divulgada em nota pelo após análise do comportamento da doença entre os infectados pelo vírus. Caso em aluno de (Escola Municipal de Educação Infantil) foi confirmado pela prefeitura de Campo Grande nesta quarta-feira (5).

“O maior risco de complicações nas crianças acontece porque elas ainda estão na fase de desenvolvimento, incluindo o sistema imunológico, que não está completamente pronto para combater infecções de origem externa, como vírus e bactérias”, explica o texto divulgado. 

É ao longo dos primeiros anos de vida que o corpo desenvolve a imunidade. Diante de um ataque ainda nesse período, a tendência é de que as infecções se apresentem de maneira mais grave nas crianças. “A primeira maneira de proteger os pequenos, portanto, é evitar o contato deles com pessoas em que há suspeita ou confirmação da varíola dos macacos”, aponta o Ministério da Saúde. 

Pelo que se sabe até o momento, a doença é transmitida, principalmente, pelo contato direto pessoa a pessoa, via pele e secreções, e pela exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias. “Portanto, qualquer pessoa que tenha contato físico próximo com alguém infectado está em risco, inclusive as crianças, que são tipicamente mais propensas a ter sinais e sintomas mais graves do que adolescentes e adultos”, acrescenta. 

Normalmente, os sintomas da varíola dos macacos são os mesmos em adultos e em crianças e incluem:

  • Febre
  • Dores no corpo
  • Dor de cabeça
  • Calafrio
  • Fraqueza
  • Adenomegalia: linfonodos inchados (ínguas)
  • Erupções cutânea ou lesões de pele
  • Tratamento

Varíola dos macacos em aluno de Emei de Campo Grande

Após de uma Emei (Escola de Educação Infantil) testar positivo para a varíola dos macacos, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) fez o rastreio das pessoas que tiveram contato com a criança para detectar outras possíveis infecções. Além disso, a Prefeitura informou que todas as orientações e protocolos a serem adotados foram repassados aos servidores da escola. 

“A Sesau reforça que todas as orientações quanto ao isolamento do paciente, rastreio dos contactantes e informações a serem repassadas à escola já foram feitas, não sendo necessário dúvidas ou questionamentos a respeito da saúde desta criança e das que estudam na mesma escola”, informou em nota.

De acordo com a Sesau, a criança apresentou os primeiros sintomas no dia 21 de setembro e, imediatamente, foi colocada em isolamento.

Conforme boletim divulgado nesta quarta-feira (5), há 26 casos ativos da doença e quatro prováveis em Mato Grosso do Sul. Em , está a maioria dos casos, sendo 95 dos confirmados e 13 dos ativos atualmente.