Os dados não mentem: a dengue, inclusive com uma nova variante circulando, está com 4.210 casos notificados em e três mortes, neste ano de 2022. Já o zika vírus está com média de 2 casos mensais, conforme dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), atualizados até o dia 10 de maio. 

“As pessoas já estão com a imunidade do zika vírus e não há nova variante, diferente da dengue, então, está circulando menos, principalmente pelo fato de que muita gente está imune. A circulação é baixa, o que não acontece quando falamos da dengue, a qual entrou novo sorotipo, uma nova variante, mais transmissível, que é a que está circulando atualmente”, afirmou ao Jornal Midiamax a infectologista Priscilla Alexandrino. 

Na tabela de dados epidemiológicos da doença, mesmo com as seis de zika, não houve confirmação de nenhum caso, nem de caso laboratorial e nem de gestante, por exemplo, já que a preocupação é ainda maior por conta da doença cujo vírus pode causar a em diversos bebês.

Já no caso da chikungunya, as notificações são maiores. O boletim aponta 12 casos notificados em abril, 12 em março, 15 em fevereiro e 3 em janeiro de 2022. Deste número, 8 foram confirmados. 

Capital não teve registro de mortes por zika em 2021

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) da Capital, foram registradas 5.133 notificações de dengue em 2021, 417 casos confirmados e 3 mortos. No âmbito do zika vírus, foram 21 notificações e 6 casos confirmados, não houve registro de morte.

A secretaria informou que o combate ao Aedes aegypti é a melhor forma de evitar todas as arboviroses que possam ser transmitidas pelo mosquito. As ações de combate ao inseto acontecem rotineiramente, com visitações em imóveis, orientação à população, mutirões, entre outras medidas que podem ser tomadas de acordo com a realidade de cada região do município.

Ainda segundo o órgão, o tratamento de crianças com microcefalia em decorrência do zika vírus acontece da mesma forma que o acompanhamento das demais crianças com a mesma condição devido a outras circunstâncias.

No momento, preocupação está voltada para dengue ‘cosmopolita' em MS

Fiscalização em bairros de Campo Grande, nessa terça-feira (10). Foto: Karine Matos /PMCG

A chegada de um novo ‘genótipo cosmopolita sorotipo 2', da dengue, já preocupa autoridades sanitárias em Mato Grosso do Sul. O vírus foi detectado por pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) pela primeira vez no Brasil. Em Campo Grande, de acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), força-tarefa em 7 regiões da cidade busca eliminar focos da doença.  

“Esse genótipo é mais transmissível e mais patogênico. Atualmente, temos o mesmo número de casos de dengue do que todos os casos registrados no ano de 2021. E estamos somente no mês de maio ainda, portanto, trata-se de uma epidemia, que está localizada em uma cidade do centro-oeste do país, porém, sabemos de possíveis casos em todo o Brasil”, afirmou Alexandrino. 

Dessa forma, a secretaria está realizando ações de manejo e orientação nos bairros de Campo Grande, com inspeção em imóveis e terrenos, além da eliminação de criadouros e focos. Seguindo um cronograma, a primeira etapa termina no próximo sábado (14), em 7 regiões da cidade. Em seguida, o serviço começa em outros bairros e vai até o mês de agosto. 

Medidas de prevenção

Fiscalização em bairros de Campo Grande, nessa terça-feira (10). Foto: Karine Matos /PMCG

Para prevenir a transmissão da dengue, é fundamental evitar água parada em pneus, garrafas, vasos de planta e recipientes que possam contribuir para a reprodução do mosquito. Confira algumas recomendações do para evitar a doença:

  • Tampar tonéis d'água;
  • Manter calhas limpas;
  • Manter garrafas ou recipientes de boca para baixo;
  • Limpar e trocar areia dos vasos de planta semanalmente;
  • Manter lixeiras tampadas;
  • Preservar ralos limpos.