A Secretaria de Saúde de Três Lagoas –a 334 km de Campo Grande– alertou nesta sexta-feira (15) sobre o risco de desabastecimento de remédios no município, acompanhado um problema que vem atingindo várias cidades em todo o país. Segundo a titular da pasta, Elaine Furio, por enquanto a cidade vive um cenário “mais confortável”, mas preocupante.

Ocitocina, amicacina, atropina, neostigmina e dipirona, além de outros analgésicos e anti-inflamatórios, são alguns dos medicamentos em falta em estabelecimento hospitalares do país. A Secretaria de Saúde, contudo, adverte que pode haver, futuramente, desabastecimento de remédios na Rede Municipal de Saúde.

Isso ocorre porque alguns vencedores de licitações para o fornecimento de medicamentos estão pedindo desclassificação de alguns itens por não terem o produto, e por outros fornecidos pelo Governo Federal. Isso ocorre porque há, na Saúde Pública, os remédios “pactuados”, adquiridos pelo município, e “não-pactuados”, vindos do Ministério da Saúde.

“Geralmente os medicamentos não-pactuados são os primeiros a faltar. Mas, neste momento, ainda estamos em uma situação mais confortável comparado a outras cidades” explicou a secretária da pasta, via assessoria.

Desabastecimento de remédios ainda não atinge alguns medicamentos

Entre aqueles não adquiridos por conta da falta no mercado farmacêutico em geral estão a amoxicilina e o clavulanato. Ambos ainda têm unidades em estoque na Rede Municipal de Saúde de . A azitromicina, por sua vez, foi adquiria, mas o vencedor pediu desclassificação –e o segundo e terceiro colocados podem não aderir ao certame por conta da alta nos preços.

Em relação à dipirona, escassa em diversas cidades, Três Lagoas tem em estoque e efetuou nova compra, aguardando receber o item do fornecedor.

Conforme a Abiquifi (Associação Brasileira da de Insumos Farmacêuticos), entre os motivos da escassez de remédios está o cenário pandêmico e geopolítico mundial, com a guerra na e o na China, que prejudicam a importação de insumos farmacêuticos ativos. O aumento do dólar, do combustível e da energia, que elevaram o preço da matéria-prima, também impactam no fornecimento de produtos.